1 de maio de 2024
Coronavírus

A VOLTA DO INSENSATO PASSAPORTE

Bahia- Bob Dylan


Quatro séculos antes do nascimento do menino que espalharia esperanças pelo mundo, um aspone do Rei
Artaxerxes da Pérsia resolveu cruzar o rubicão oriental, para o lado que era lado de lá de Judá.

O soberano escreveu uma carta de recomendação, que registrada em cartório e com firma reconhecida, era a garantia que o viajeiro seria tratado sem desconfianças, enquanto estivesse em terras estrangeiras.

Estava inventado o documento de identidade internacional e assegurado o direito de ir e vir, respeitadas normas estabelecidas em acordos e bom senso.

Na impossibilidade de exigir o mesmo alvará de circulação para o recordista em viagens, o único ser vivente que há quatro anos, começou a visitar mais países,  entrando em mais casas de pessoas de todas as raças e classes sociais, os governos ainda insistem  em medidas que não se mostraram eficazes.

O raciocínio, inspirado  em capenga metodologia científica, não esquece nem as ameaças de lockdowns.

Não há um único país que tenha fechado tudo e que possa dizer, passado o tempo, que barrou a transmissão dos aerossóis.

A comprovação que pessoas com o esquema de vacinação completa, incluída a dose de reforço, continuaram sendo transmissoras do vírus, não impede que a medida seja, de novo, cogitada.                               

É preciso mostrar serviço.

A exigência do passe livre para os degradados filhos de Clara Camarão, não deixou traços residuais de coerência e lógica, por não ter  incluído no chamado passaporte sanitário, resultados frequentes  de testes para detecção do vírus na nasofaringe.

Faltou cotonete.                       

Os portugueses autônomos  da Ilha da Madeira tiveram ventas e gorgomilos escovados uma vez por semana, e mesmo assim, não  ficaram impedidos  de tomar  suas ponchas e nikitas com o tira-gosto indigesto.

A farmacêutica que mais lucrou  com imunizantes, já tendo garantido seu produto nos esquemas vacinais, tratou de anunciar investimentos em uma fábrica do seu medicamento, aprovado para tratamento inicial de pacientes, vacinados ou não.

E não se fala mais em ‘tratamento precoce.

A todos que não imunizou, continua prometendo evitar formas graves e internações em leitos críticos.

E há quem continue acreditando nestas verdades científicas, nunca provadas.

O vírus vai conviver com nossa raça por muito mais tempo.

Perdeu o ímpeto e radicalismo iniciais, mas vai se multiplicar e mudar, como é sua natureza.

O Presidente Lula, que deve muito do seu terceiro mandato  ao comportamento sofrível do adversário no início da pandemia, sem mostrar preocupações com as figuras escabrosas que circulam pelo Palácio do Planalto, anunciou que exigirá “caderneta de vacinação” dos funcionários e visitantes.

Não ficou claro se está incluída vacina contra corrupção.

***

N. do R.

Depois de duas infecções comprovadas, entre outras gripezinhas chinfrins, o autor do texto só tomará dose de reforço, se for da vacina contra bicho-do-pé.

Em 2015, o cantor, músico, compositor e Prêmio Nobel de Literatura, Bob Dylan (82 anos) expôs, no País de Gales, quadros que batizou The Brazil Series.

(Texto baseado em Oh, insensato passaporte … publicado  em 19/01/2022)

O incidente - Bob Dylan
O Incidente – Bob Dylan
Tóxico- Bob Dylan

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