CHEIRO DE POLÍTICA
No tempo em que tudo o que se queria saber era onde estava e não por que a madame recebeu dele, os 89 mil, o cenário era de pé de guerra com os franceses.
Misoginias à parte, tudo por conta delas.
E do apuro estético dos seus maridos.
Entre vítimas e personagens, escaparam todos. E agora sabemos onde cada um está.
Insatisfeito, só o eleito de carona que topa trocar as maravilhas do cerrado central pelos alagadiços do maruim.
(Publicação original em 30/08/2019)
SÉNATEUR CACA
Cuidado!
O tema, mesmo defectivo, pode ser explosivo e perigoso.
Quem arriscou penetrar nos seus intestinos, enfrenta processo criminal.
Com um único refrigério.
Parece que não cabem danos morais, por não se referir à pessoa em si mas ao seu principal subproduto. Semi-sólido.
Na dúvida, é melhor tomar cuidado para não pisar nele. Nem nos ovos.
Tudo por conta de um singelo apelido de três sílabas. Ritmadas. Comum a tantos meninos, nos meados do século passado.
Um deles, goleiro no time do areal da Prudente de Morais, conviveu com o bullying numa boa. Fez a vida no setor de serviços automobilísticos e hoje divide o tempo entre as caminhadas madrugais, atividades de avô, e militante das esquerdas progressistas conservadoras.
Suspeita-se que use a antiga alcunha como senha de acesso às redes sociais onde milita contra seu principal alvo, o capitão amigo daquele cara (cadê ele?) que ninguém sabe onde está. Em um só grupo, já repetiu a mesma pergunta umas trocentas vezes.
O outro, igualmente sinistro de carteirinha, chegou por aqui boiando, como o apodo costuma fazer, trazido pelos ventos.
Sempre protegido debaixo de saias poderosas no governo.
Da primeira e da primeira de origem popular.
Com nome gaélico, falando fluentemente carioca de Ipanema e com rico vocabulário em economês, o sucesso estava gravado nas estrelas vermelhas.
Foi longe. Muito além de Guamaré e de onde o vento faz a curva.
De bandeja, recebeu estadia de quatro anos no ponto culminante do planalto central. Lugar tão bom (só não é parêa para o céu) que vivo e entendido como é, está querendo ficar mais oito anos por lá.
Não parece interessado em saber do passado e da história dos seu estado padrasto.
Ignorou solenemente o único canguleiro a comandar, do Catete, o país.
Não esperava era, tão cedo, ter de decidir de que lado ficar neste conflito que já está pegando fogo.
Entre Brigitte e Michelle, Pétain e Rondon,com quem marchará na Guerra da Lagosta, Parte II ?
(Esta obra de ficção pode ter sido inspirada em pessoas e senadores reais).