5 de maio de 2024
Direto de Brasília

Arthur Lira reconhece erro com ministro Padilha: “Tenho erros e acertos”

Quase duas semanas depois, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse pela primeira vez que errou ao chamar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), de “incompetente” e “desafeto pessoal”.

A afirmação ocorreu no programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, exibido na noite de terça-feira.

“Tenho erros e acertos, não tenho problema de reconhecer o erro quando o faço. Já vinha apontando reservadamente ao governo, e ele sabe disso, que há alguns meses não funciona a articulação do governo”, disse Lira, quando perguntado sobre o atrito com Padilha.

Na sequência, quando o apresentador Pedro Bial comentou que, para Lira ter atacado Padilha, o ministro deve ter feito alguma coisa que desagradou o presidente da Câmara, o deputado confirma que sim. Mas negou que queira retaliar o governo com pautas-bomba ou CPIs.

“[Padilha] Fez várias. Mas vamos tratar isso com muito cuidado, muita cautela”, apontou.

O chefe da Casa admitiu ainda que “podia ter adjetivado melhor” Padilha. Ao rechaçar a hipótese de retaliar o governo, Lira pediu para que o período dele à frente da Casa fosse analisado.

“Qual pauta-bomba foi plantada? Qual instabilidade para um governo ou para outro? Não há nenhum governo desde que eu cheguei à Câmara que tenha tido melhores condições para governar o país do que as dadas por nós”, afirmou.

PRISÃO DE UM PARLAMENTAR POR MORTE DE MARIELE 

Episódio que motivou as críticas de Lira a Padilha, a votação na Câmara sobre o deputado Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, também entrou na pauta da entrevista.

Brazão teve com a prisão mantida, e o presidente da Casa negou que tenha orientado parlamentares a favor da soltura.

“Isso é uma inverdade. A gente vive esse momento de notícias rápidas, no tempo da internet. Não há um deputado na Câmara dos Deputados, e eu converso com todos eles, que diga que eu influenciei no voto, que pedi voto”, alegou Lira, ainda dizendo que “Ali não estávamos a discutir se matou ou se não matou, se é traficante ou miliciano. A discussão era se havia requisitos para a prisão de um parlamentar.”

Fonte: Exame 

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