AS VICE-NAMORADINHAS DO BRASIL
Uma fila, pelo menos, anda depressa no Brasil.
Depois de um longo noivado, parecia que o isolamento social iria precipitar o matrimônio ou promover de relacionamento sério para casamento, o caso com a paraibana de Campina Grande que conquistou a telinha e a bolada do BBB.
Juliette ainda nem tinha terminado de atender a lotadíssima agenda dos talk shows, mal havia conversado com os políticos conterrâneos sobre uma possível candidatura senatorial e estrategistas lembravam seu nome para ocupar o lugar ainda vago na chapa de Lula.
Quem, sem rabo preso, representa melhor a raça cabocla que uma jovem bonita, bem falante e esperta?
Os cientistas políticos não contavam que na aridez da CPI, saísse da toca, espécimes mais interessantes que a chata Cloroquina.
Lêdo Ivo engano.
Na busca por validação científica para suas incursões na terapêutica dos medicamentos reposicionados, os partidários do presidente Bolsonaro contavam com uma das mais proeminentes defensoras dos tratamentos fora das bulas, justificando e amenizando atos e declarações à margem da comunidade acadêmica.
Os altos níveis de serotonina que fazem a voz miúda não se alterar, nem ao responder as perguntas do Professor Raimundo Otto-Alencar Paraguaçu, tiraram todas as chances da Dra Nise Yamaguchi ocupar a vaga do General Mourão.
Muito zen para o desvario bolsominion.
Recuperada das agressões sofridas, recebeu a notícia que passou no Revalida depois que o VAR comprovou que não teve tempo, nem os oniscientes parlamentares deixaram, explicar a diferença entre vírus e protozoários.
Agora, dedica-se a demonstrar outros talentos.
No piano, suas performances ocupam espaços como se impulsionados por robôs estivessem, em estilo musical que jamais fará parte do repertório da dupla Aziz & Renan.
A CPI pode até não chegar perto de quem pagou por aparelhos que nunca respiraram e ache normal que se inflem hospitais de plástico, virgens de tratamentos, mas não se diga que não acertou em quem não viu.
A jovem cientista contaminada pela síndrome da viúva porcina, com papel reservado no enredo da profana inquisição, de provar a existência de um gabinete paralelo que demite até não nomeados, é a celebridade da hora, a mais nova queridinha da esquerda e dos indecisos do centrão.
O curriculum invejável da infectologista de Baltimore, violonista em Viena e cantora de Nova Lima, faz uma estrela brilhar no fim do túnel escuro da corrida presidencial.
A terceira via pode começar com a Dra. Luana Araújo.
Já temos a Kamala Harris tropical.
Agora só falta encontrar nosso Joe Biden.
A primeira se perdeu quando entrou na onda Bolsonaro, foi pega pela maldade do governo e perdeu a credibilidade de muitos fãs, aliás ex fãs. A segunda, um fenômeno do BBB que deu orgulho ao Nordeste com seu comportamento, mas acredito ser uma fama passageira. A terceira, uma “cientista ” que não soube diferenciar vírus de protozoário na CPI e defensora de tratamento não comprovado cientificamente, zero para ela! E a quarta, uma Dra. Coerente, corajosa e que respeita a ciência e a situação delicada do nosso país, digna de todos os aplausos! Julieta e a dra 1 hora de aplausos! As outras …. deixa pra lá
Precisamos encontrar nosso Joe Biden
Tá difícil Sr. Arruda! Só se for via importação!
Mas, pior do que está não pode ficar!