Bolsonaro dispara: “Depois da facada, gripezinha não vai me derrubar”
A entrevista coletiva de hoje estava indo tão bem.
Mesa menos numerosa, Ministro Henrique Mandetta com a calma, serenidade e segurança de sempre. Mesmo depois de uma difícil declaração de que em abril o Sistema único de Saúde do Brasil deverá entrar em colapso.
Mas eis que, no minuto final, o presidente Jair Bolsonaro faz a sua conclusão inesperada e desnecessária. Sim, porque o momento era para mostrar a gravidade do quadro e o imperioso isolamento da sociedade brasileira.
Ficar em casa para o colapso maior ser evitado ou, pelo menos, postergado para quando os respiradores, máscaras e demais itens de primeira necessidade estejam disponíveis aos brasileiros.
Mas qual a conclusão do Presidente ?
“Depois da facada, não é uma gripezinha que vai me derrubar! “
Por mais que ele pense e isso – e deve pensar – é desrespeitoso com quem está morrendo e sofrendo do mal no Brasil. No mundo inteiro.
Se não por Coronavirus, que ainda bem seus exames não revelaram, o isolamento do Presidente urge.
Pelo bem geral da nação. Nas coletivas, especialmente.
A facada e a “gripezinha” podem não derrubar o presidente, mas esses posicionamentos podem derrubar de outro jeito mais na frente.
Ser Chefe de Estado é muito difícil, mas Bolsonaro demonstra que pra ele é impossível agir como um, decidir como um, se posicionar com um.
Chama o Mourão!