Bom senso não tem lado: Ofensa de Bolsonaro à jornalista levanta Huck e Amoedo
O presidente Jair Bolsonaro insultou nesta terça-feira, com insinuação sexual, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha.
“Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]”, disse o presidente, em entrevista diante de um grupo de simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada.
O assunto rendeu o dia inteiro.
O que, à princípio parecia mais uma guerra virtual entre exército bolsonarista X exército vermelho, se expandiu.
O bom senso voltou. Pelo menos por hoje. E mandou lembranças aos que têm afinidades além da economia com o presidente da República e sua turma.
Educação, respeito, elegância, bons tratos, cortesia não estão em desuso no Brasil por ter o mandatário, que faz questão de esquecer.
Ah, mas ele tem sido provocado por uma imprensa intransigente e chula. E daí? A liturgia do cargo tem que prevalecer em todas as circunstâncias.
Foi mais ou menos assim que se pronunciaram dois líderes am ascensão da direita brasileira.
João Amoedo, do Novo:
Homens públicos devem entender que os cargos que ocupam não dão o direito de falar o que querem, e sim mais responsabilidade sobre o que dizem.
Hoje o presidente da República deu mais um péssimo exemplo ao desrespeitar a cidadã e jornalista.
E Luciano Huck, aspirante à Presidência da República, representando o quase extinto Centro:
Tenho evitado comentar declarações públicas de quem quer q seja. Seja pq torço pelo Brasil, seja pq não quero alimentar fofocas e intrigas. Mas as fronteiras da decência foram ultrapassadas hj.
Triste e revoltante ao mesmo tempo. Respeito é a base de qualquer sociedade e pilar da democracia. Atiçar a violência contra a mulher e atacar o jornalismo independente são desserviços monstruosos.
Meu apoio à mulher e jornalista @camposmello