Branqueamento severo de corais no litoral potiguar é destaque no Fantástico
Não é só mimimi ou conversa de ecologista, mas impacto real na vida de ilhares de pessoas.
Estima-se que, no Brasil, 18 milhões de pessoas dependam direta ou indiretamente dos recifes.
Eles são a base da pesca artesanal e da indústria do turismo do litoral. E também o principal indicador vivo de alterações na temperatura do mar no Brasil.
No mar, a morte é branca.
Os recifes de corais, berçários de vida marinha, começaram a branquear no Nordeste e no Sudeste devido à temperatura elevada do Oceano Atlântico, combinada aos efeitos do El Niño.
O pesquisador Guilherme Longo, do Projeto Coral Vivo, relata que, no Rio Grande do Norte, 80% dos corais já estão branqueados, o que leva a região a um alerta de nível 2 da NOAA. A previsão é que a situação seja bem similar ao evento de branqueamento que aconteceu em 2020.
Ontem à noite, o fato mereceu destaque no Fantástico da TV Globo com matéria de mais de cinco minutos.
O QUE FAZER
Além de combater as mudanças climáticas que contribuem para a elevação da temperatura dos oceanos, outras medidas são importantes para melhorar a saúde dos recifes de corais, entre elas evitar o lançamento de esgoto no mar, reduzir o uso de plástico (que acaba chegando aos oceanos) e preservar ecossistemas associados como o manguezal e a restinga.