Censura no Lollapalooza foi tiro no pé do Bolsonarismo

Se existe alguma dúvida que toda censura é burra e o proibido tem gostinho de quero mais, o festival Lollapalooza no último final de semana deu um show de exemplos sobre o comportamento – previsível- da humanidade.

O gesto de Pablo Vittar em correr no palco com uma toalha de Lula ficou pequeno diante do que o sucedeu, mesmo depois da proibição do ministro Raul Araújo, do TSE, atendendo pedido do Partido Liberal, de Bolsonaro, reconhecendo como manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea.

A decisão nem chegou a ser recebida pela organização do evento porque a defesa do PL errou o número do CNPJ da empresa que precisava receber a ordem. Logo, ineficaz, ineficiente, pouco inteligente na forma e no conteúdo.

Manifestações esporádicas em tipo de shows desta natureza são até comuns em todo o mundo. Mas se tornar  hit em todas as apresentações, não.

Transformar o LOLLAPALOOZA em LULAPALOOZA foi oferecimento do BOLSONARISMO reativo e pouco pragmático.

Assim, fica o exemplo sabendo que manifestações vão seguir frequentes,  seja em show de sertanejo pró-bolsonaro ou em nível mundial, defendendo  palestinos, imigrantes, ecologistas, negros.

Nisso, aliás, os militares foram mais estratégicos desde 85, Brasil pós-Ditadura quando o Rock in Rio engatinhava e a turma do Rock gritava a favor da Democracia. Ignoraram e abafaram o caso sem maiores proporções …