Colapso na saúde já reflete crise no turismo e aviação
O estado de pré-colapso dos hospitais e de recordes seguidos do número de mortes por Covid teve um reflexo mais do que esperado nos setores de turismo e de aviação, que, aliás, voam juntos.
As curvas de vendas de pacotes turísticos e de passagens aéreas despencou desde a semana passada.
A redução da oferta de voos já é de 20% nos voos domésticos quando se compara o que será ofertado a partir de amanhã com o fim de semana passado.
E, de acordo com o presidente de uma grande empresa aérea, obviamente a redução será mais intensa nos próximos dias.
O percentual de no-show, que é como as companhias aéreas nominal os passageiros que têm reservas mas não se apresentam para o embarque praticamente dobrou da semana passada para cá.
Em média era de 5% nas grandes empresas de voos domésticos e passou para 9%.
Uma das maiores empresas de turismo do Brasil está deixando de vender vários pacotes. Explica o presidente da empresa:
— Vender agora significará lá na frente um volume brutal de cancelamento.
DO TL
O dado é mais um que reforça o entendimento dos não negacionistas da doença que tentam convencer os demais que não existe a dicotomia entre economia X saúde.
Pelo contrário, setores como Turismo e Eventos só vão poder ser normalizados com estabilização do sistema de saúde. E não há que se culpar decretos e autoridades, mas não negar a realidade.
A economia só pode decolar com a saúde reestabelecida. É assim no mundo, não será diferente no Brasil.
Só os negacionistas que não querem entender um raciocínio tão óbvio. Só vamos retomar a normalidade da economia quando se controlar a pandemia, com uma vacinação em massa e os cuidados necessários. O resto do mundo tende a voltar a crescer em breve, e esse país vai continuar igual a caranguejo.