Depoimento de Sergio Moro não traz nada além do já dito no discurso de despedida
Em tempos de pandemia que parte ter ficado em segundo plano no Brasil, o depoimento do ex-Ministro Sergio Moro para mais uma vez o país para analisá-lo. Atitudes e consequências.
São dez páginas com a íntegra Se passarmos os olhos rapidamente pelas páginas nacionais, uma manchete única:
“Moro você tem 27 superintendências, eu quero apenas uma , a do Rio.”
Mas qual foi a razão elencada por Moro para deixar o Ministério? A interferência política do Presidente Bolsonaro na mesma Polícia Federal. Isso o Brasil já sabe há dez dias.
O curioso são as oito horas de depoimento, algumas pizzas no meio do caminho, e nada de novo dito, provado, declarado.
Há quem diga que faz parte da estratégia de defesa do ex-juiz; somente apontar os caminhos para não incorrer em possíveis crimes como o de prevaricação. Aquele que o funcionário público é tipificado por se omitir em condutas ilegais.
É uma alternativa, sem dúvida.
A outra é a super expectativa gerada a partir da demissão de Moro.
O que ele teria para contar? O que o Presidente teria lhe pedido? Quem queria perseguir ou proteger? Por enquanto, nada.
Não existe no momento nocaute, bala de ouro. Continua a palavra de um contra o outro.
De prova mesmo, o incontestável interesse do Presidente Bolsonaro na Policia Federal do Rio de Janeiro. Isso foi dito, sim, por Moro.
Mas foi constatado e comprovado pelo Diário Oficial da União na edição de ontem; a nomeação do Sr. Rolando Alexandre para o Comando Geral da PF e seu primeiro ato; mudança no comando da PF do Rio de Janeiro.