3 de maio de 2024
Nota

Depois de fuga de Mossoró, CGU investiga quem são os verdadeiros donos da R7 Facilities

Se é a R7 facilite não pertence a um suposto sócio que recebeu auxilio emergência, de quem é? 

Se tem laranja envolvida, quem o dono verdadeiro? 

É isso que a  Controladoria-Geral da União (CGU) está investigando nos contratos do governo com a R7 Facilities, responsável pela obra de manutenção no presídio de Mossoró (RN), alvo também de uma apuração no Tribunal de Contas da União (TCU) após a fuga de dois detentos.

Como revelou o Estado de S. Paulo, a empresa de manutenção predial que detém contratos milionários está em nome de um beneficiário de auxílio emergencial que mora na periferia de Brasília, Gildenilson Braz Torres.

O órgão também prepara a abertura de um procedimento para eventual responsabilização da empresa pela Lei Anticorrupção, pela suspeita de “criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo”.

A CGU vê elos da empresa com seu fundador, Ricardo de Souza Lima Caiafa — que ainda é dono do domínio de internet da empresa, “r7facilities.com.br” —, candidato a deputado distrital em 2022 pelo PL, e com Carlos Tabanez, policial civil aposentado que concorreu ao mesmo cargo naquele ano pelo MDB, suspeito de ser sócio oculto da empresa.

Em um banner distribuído internamente na empresa, Tabanez desejou “muita paz e saúde” para os funcionários. “Obrigada por pertencer à Família R7 Facilities – Com carinho, Tabanez & Direção da R7 Facilities”.

A R7 tem contrato com 22 órgãos do governo federal, dos quais recebeu R$ 372 milhões entre 2016 e 2024, segundo levantamento da CGU. O valor total dos contratos firmados pela empresa nesse período é de R$ 528 milhões.

Por Natália Portinari no UOL

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