9 de maio de 2024
Nota

Inventores da UFRN e ITA desenvolvem drone com capacidade de ir até … Marte

Um invenção, literalmente, de outro planeta… 

Trata-se de tecnologia híbrida para  geração de energia com objetivo de chagar a longas distâncias.

Longa como o quê? Até plante a Marte.

A novidade coube a um grupo de inventores da UFRN e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA):  um drone.

O mecanismo tem capacidade autônoma que concilia as características de uma asa voadora e um multirrotor com apenas um conjunto motopropulsor coaxial, ou seja, ora funciona como um avião, ora utiliza a lógica de funcionamento de um helicóptero, mas usando o mesmo conjunto de motores no voo.

Alysson Nascimento de Lucena identifica que somente essas duas características já conferem ao equipamento, tecnicamente um Veículo Aéreo Não Tripulado Híbrido (Vant), a capacidade de decolagem e pouso vertical pelo multirrotor e de deslocamento para longas distâncias em voo horizontal com sustentação pela asa.

“Contudo, nesse projeto desenvolvemos uma tecnologia híbrida para a geração de energia, que pode ser tanto por células fotovoltaicas que cobrem a superfície superior da asa quanto pelo conjunto motopropulsor, também híbrido, capaz de gerar empuxo durante o voo ou gerar energia quando em repouso”, situa o hoje pós-doutorando no Programa de Pós-graduação de Engenharia Eletrônica e Computação no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

DIFERENCIAL DA TECNOLOGIA 

Luiz Marcos Garcia Gonçalves, orientador do projeto quando do seu início, então vinculado aos programas de Pós-graduação em Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explica que os dispositivos enviados para outros planetas normalmente geram energia somente por células fotovoltaicas.

Nesse caso, o acúmulo de poeira é um problema que implica a diminuição da sua eficiência com o tempo.

COMPARÁVEL À SONDA DA NASA 

Ele lista alguns exemplos. Um deles foi enfrentado pela Nasa, em 2021, quando a sonda InSight deixou de receber a energia necessária devido ao acúmulo de poeira nos painéis fotovoltaicos. Outra situação aconteceu recentemente, quando o Vant Ingenuity ficou sem contato com a base na Terra devido ao mesmo problema. 

“A nossa tecnologia permite o recarregamento por meio das células fotovoltaicas e por energia eólica durante o tempo em que a aeronave permanece em repouso, evitando a falha da missão por falta de energia. Além disso, durante o voo vertical, o fluxo de ar incidente nos painéis fotovoltaicos que cobrem a asa atua fazendo uma faxina na poeira”.  

AINDA É PROJETO PILOTO 

A tecnologia está na fase de elaboração do primeiro protótipo. Paralelamente, os inventores estão trabalhando no sistema autônomo de controle da aeronave. Esses dois sistemas são os mais complexos para o projeto. Quando dominados, será o momento de os ensaios de voo ocorrerem.

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