2 de maio de 2024
Nota

Deputada conhecida como madrinha da Milícia do Rio é afastada pela Justiça

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD, foto), acusada de manter ligações com a milícia fluminense.

A parlamentar também é alvo de buscas da operação Batismo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta segunda-feira, 18.

Segundo material divulgado pela Polícia Federal, Lucinha integra o braço político da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais violentas do Rio, e é chamada de “madrinha” por integrantes do grupo.

O TJ-RJ afastou Lucinha por tempo indeterminado e a proibiu de frequentar as sedes da Alerj.

Lucinha é acusada de ser integrante da milícia, que em outubro passado promoveu um quebra-quebra com a queima de 35 ônibus no Rio, depois que o sobrinho e braço direito do chefe da organização morreu num confronto com a polícia.

A apuração que baseou a operação Batismo mostra que a deputada era chamada de “Madrinha” pela cúpula e executou várias missões para a organização criminosa – entre elas a de trabalhar para afastar dos cargos policiais que poderiam atrapalhar os negócios da quadrilha e interferir politicamente para soltar milicianos que tinham sido presos em flagrante.

No documento, os delegados afirmam que Lucinha se valeu do mandato para “para patrocinar os interesses de um dos grupos mais sanguinários do Rio de Janeiro”.

O “Bonde do Zinho“, como é conhecida a milícia, domina boa parte da região Oeste da cidade, base eleitoral de Lucinha.

Fonte: O Globo 

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