2 de maio de 2024
Coronavírus

E POR FALAR EM FAKE NEWS

B3A095D8-C8BF-42A7-9BF2-8F1BB14FAF88No balanço parcial dos acontecimentos, no  enfrentamento da pandemia, já dá pra  concluir que os decretos do governo estadual  são peças  fundamentais para a contenção do avanço da doença.

Sua última reedição, em que pesem os considerandos e o rebuscado palavreado oficioso, merece análise cuidadosa.

Até porque a multa arbitrada (ou será arbitrária?), de 10 mil dólares, nem o Governador Andrew Cuomo tem  coragem de cobrar dos ricos nova-iorquinos.

Pela repercussão e o medo que se somou ao acumulado pela própria pandemia, com ele teremos  todos os nossos problemas resolvidos.

Tal um produto das Organizações Tabajara.

Sem fake news, o perigo desaparece?

Acreditemos que sim, com fé inabalável como a que os comerciantes do Alecrim têm na livre iniciativa.

Daqui pra frente, antes  de qualquer postagem é recomendável rever com a devida cautela, todas as contas.

Sem esquecer a prova dos noves fora.

E como um ministro fofoqueiro, guardar tudo para depois apresentar aos homens dos carros  pretos.

Faz-se mister que o otimismo não seja confundido e punido como falseamento da verdade.

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O decreto original, datado do dia 1° de abril, reconheçamos, ousou desafiar o inconsciente coletivo, as associações de idéias, as tradições e os costumes. Não era de brincadeira. Vogou.

Bem verdade que não tratou das notícias falsas. Mesmo as que chegaram dos palanques de Brasília.

Até então, o mais grave episódio havia ocorrido, com o aparecimento dos primeiros casos, em 22 de março e mereceu o devido repúdio em esclarecedora nota oficial.

As medidas necessárias divulgadas no mesmo dia não iam além do estabelecimento do turno corrido nas repartições públicas e autorização para o trabalho remoto em meia dúzia delas.

O resto era terror plantado por quem ainda se  lembrava de quem mandou fechar a Lagoa Manoel Felipe e intencionava restaurar a comoção, à época causada, com objetivos nitidamente eleitoreiros.

Estavam peremptoriamente negados, os fechamentos do Teatro Alberto Maranhão, da Biblioteca Câmara Cascudo e até, inacreditável, como foram longe, do Forte dos Reis Magos.

A que ponto chegou a irresponsabilidade do blogueiro neófito ao declarar suspensas as aulas da rede estadual de ensino, como se os companheiros e as companheiras em greve há semanas, estivessem furando o movimento paredista, legítimo, pacífico e democrático.

14 dias depois, na entrevista coletiva de maior repercussão desde que o coronavírus circulou pelo Largo do Atheneu, as autoridades sanitárias divulgaram, como verdade bíblica, um estudo baseado nas melhores academias, prevendo uma espiral de contaminação.  Em três cenários, para ser trabalhado um. Milhar que se cerca do primeiro ao quinto.

Os números precisos e atemorizantes, sem contar ainda com as aglomerações do programa Meus 600, Minha Vida, decorrido um mês de trinta dias, apresentaram um erro nos cálculos, de  27 vezes.

Foram 1775  almas salvas. Em vida.

Uma glória.

Percentual digno de margem de erro, em desejado e salvador acerto de 3%.

O decreto que prorroga a validade das medidas restritivas que vêm dando tempo para a organização dos serviços de atendimento médico é necessário e pertinente.

Só que podia ser bem melhor.

Se tivesse efeitos retroativos.

Art. 23-A.  A divulgação dolosa de informação ou notícia falsa (fake news) sobre epidemias, endemias ou pandemias, por meio eletrônico ou similar, é considerada descumprimento de medidas de saúde para os fins de aplicação de multa, sem prejuízo da responsabilização penal e civil.”

 

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