Fábio Faria tem muito a contribuir com o Governo Jair Bolsonaro

As fotos acima mostram um pouco do muito que o ministro Fábio Faria caminhou para chegar até aqui, lá, na intimidade do Presidente Jair Bolsonaro.

Em 17 meses de Governo, Faria se aproximou de um lider/mito no auge de sua popularidade e pouco acessível aos seus pares da Câmara. No dia 07 de setembro levou a família da mulher Patricia Abrvanel para o desfile em Brasília.

Hoje, se mostrou necessário num momento em que o Governo desidrata sua popularidade, balança com um processo de Impeachment em gestação ininterrupta e ainda trava guerra – nada silenciosa – com o Judiciário, que passa a esmiuçar o processo da CPI das Fake News com direito a Gabinete do Ódio e tudo mais.

De lá pra cá, demonstrações públicas de apoio e elogio aos ministros, medidas econômicas e administrativas. Críticas à oposição.

Usou e abusou de sua habilidade (nata) a tentar apagar labaredas entre o Presidente do Executivo com o Legislativo de Rodrigo Maia e o Judiciário de Alexandre Moraes.

Na Quarentena, mesmo sem sessões presenciais, se fez presente em Brasília em quase todas as semanas. Um trabalho silencioso que muitos sabiam ser de aproximação ao clã Bolsonaro, mas ninguém imaginou que um Ministério fosse recriado para ele.

Apesar de seu bom trânsito com jornalistas,  ninguém especulou a recriação do Ministério das Comunicações para ele. Nem mesmo seu PSD do amigão de outrora, Gilberto Kassab, foi avisado que seu partido voltaria a ter a pasta já comandou.

“A indicação é 100% pessoal”,  disse Faria poucos minutos depois de sua nomeação oficial.

A versão foi confirmada pelo próprio Bolsonaro que declarou “eu nem sabia qual o partido dele mesmo”.

Tudo isso para amenizar o carimbo de “Centrão” no PSD e em Fábio.

Mas esse parece não ser o caso mesmo. A relação 100% pessoal precede, foi anterior à aproximação com o grupo tido como fisiológico da Câmara. Mais que isso. Faria, atuando em bastidores,  foi ator importante para que essa união se tornasse possível.

Ainda nas declarações de Bolsonaro pós-ministério ele disse precisar de uma melhor Comunicação para o Palácio do Planalto.

Isso deve significar construir pontes com a imprensa. Até agora, o caminho escolhido foi o da truculência, reações politicamente incorretas com jornalistas e com os próprios veículos.

A Fábio caberá construir pontes com “inimigos” declarados como Folha de São Paulo ou TV Globo. Sim, ele pode e para estar lá deve ter convencido o clã Bolsonaro a importância de fazer isso. Argumentar que não poderiam querer resultados diferentes, repetindo velhas fórmulas com  ataques, ameaças e xingamentos diários.

Para quem não sabe, o potiguar tem relação “pessoal ” com o clã de Roberto Marinho. E isso bem antes de Silvio Santos fazer parte de sua vida “100% pessoal”.

A notícia da nomeação de Fábio para o ministério já indica seu jogo de cintura incontestável.

A alusão ao Centrão existiu, o parentesco com Silvio Santos também, a criação do 22 º ministério quando o presidente prometeu 15 em campanha,  mas nada que o desabonasse ou descredenciasse a assumir uma pasta ministerial.

A mídia sabe que Fábio Faria pode trazer uma nova perspectiva ao setor tão mal tratada pelo Governo Federal.

Nomeação ok, opinião pública também ok, o  desafio maior de Fábio Faria será intramuros.

A prova de fogo de sua capacidade de engolir sapo e absorver o fogo amigo será a partir de segunda-feira.

É que caberá a ele, gerir também  a SECOM, mantendo Fábio Wajngarten , com gigantescas verbas publicitárias e tudo mais. Até aí, ele deve  atravessar sem problemas. O problema é o puxadinho do filho 03, o Carluxo, o vereador Carlos Bolsonaro, que também deu o aval para nomeação do potiguar, mas que amanhã tudo pode mudar… Sabemos!

Fábio passa a integrar um time que já estendeu tapete vermelho para o super ministro Sergio Moro e o descartou, colocou na fogueira das redes sociais sem dó e piedade. É o time também que frita a aliada de primeira hora e ex-lider Joice Hasselmann, o time que perde um ministro como Luiz Henrique Mandetta na maior crise de Saúde do Brasil. Isso sem falar nos amigos-irmãos Gustavo Bebianno e Paulo Marinho. Todos passaram de afeto a desafeto sem qualquer clemência cristã.

Num ministério em que o Meio Ambiente é de um antiambientalista, a Educação de um ignorante com dificuldades com a língua portuguesa, que as relação exteriores é de uma terraplanista, o da Saúde é de um militar paraquesdita, o potiguar Fábio Faria tem tudo para somar e fazer a diferença. Desde que resista as adversidades postas.