Fake News é diferente de errar e corrigir informação no jornalismo profissional
Desde ontem, durante a Operação da Polícia Federal que envolveu o filho do ex-presidente Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro como alvo por suposta interferência da ABIN, que as redes sociais refletem uma guerra paralela de narrativas com outros alvos, julgamentos e condenações.
Talvez seja esta a maior diferença que se observa nas operações vistas hoje da Polícia Federal com aval do Judiciário do que se viu, por exemplo, na época da Operação Lava-Jato.
Ali, uma sintonia fina entre Ministério Público, Polícia Federal e Mídia numa só direção. Não havia contra-ponto organizado da outra ponta; os alvos, a quem restava breves direitos de resposta através de notas de advogados.
Com o Bolsonarismo, o outro lado da moeda se impõe nos primeiros momentos da Operação.
E empareda, com grande eco, mostrando sua versão e revidando à altura de grandes meios de comunicação.
Foi o que ocorreu ontem com uma das jornalistas mais respeitadas do país, a âncora da Globo News, Daniela Lima.
Na pressa do furo da notícia, Daniela afirmou que a Polícia Federal havia aprendido um computador da ABIN em posse do vereador Carlos Bolsonaro. A informação também reproduzida pelo G1 estava incorreta.
Hoje, Daniela Lima abriu o jornal com pedido de desculpas, corrigindo e reificando.
Na verdade, o computador da Abin foi encontrado na casa do militar Giancarlo Gomes Rodrigues, também alvo da operação da PF que ocorreu na manhã desta segunda, com buscas e apreensões em endereços de pessoas suspeitas de ligação com o esquema de espionagem ilegal na Abin.
Giancarlo é ex-assessor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiou a Abin durante o governo de Jair Bolsonaro. A mulher desse militar é servidora da agência. A PF apreendeu o computador para periciar e checar quem, de fato, fazia uso do equipamento.
A jornalista confirmou o que o bom senso sempre recomenda : “Errar é humano e normal no Jornalismo”. Corrigir um dever.
Eis a grande diferença no jornalismo profissional e no exército das redes sociais e criam e espalham fake news, sem corrigir jamais.
A GLODO É A RAINHA DO “ERRO”.