¡FASCISTAS NO PASARÁN!
Quando as próximas geraçoes forem estudar o comportamento das autoridades na II Grande Pandemia, as duras medidas para evitar males maiores, serão classificadas como extremamente autoritárias.
A forte repressão aos que se opunham às ordens da elite científica e a paralisação da economia, consideradas exageradas.
O nacionalismo exacerbado, o fechamento de fronteiras, a mão forte do governo, o controle dos meios de produção, o confinamento compulsório, propaganda massiva, proibição de manifestações populares, medo instalado.
A vida sem liberdade.
No futuro, a intelligentsia haverá de considerar o Coronavírus SARS-CoV-2, um meio de cultura para o crescimento do autoritarismo
Quem remexer nos escaninhos da memória, vai encontrar exemplos que hoje recebem o abominável rótulo
Foi só a esquerda tirar o cavalo da sombra do poder para o termo voltar à moda
Mas já não bastava constranger os adversários e desafetos, chamando-os de fascistas.
Era preciso caçá-los à unha. Acorrentá-los. Tirar suas máscaras. Mostrar a nudez crua. Expor suas entranhas. Salgar o chão das suas casas. Amaldiçoá-los até a quarta geração.
Por isso, tanto trabalho duro, pesquisas e estudos.
O que não tem faltado são seminários, simpósios, congressos, TCCs e teses, nas universidades públicas, gratuitas, de qualidade e verbas contingenciadas.
Espanando a poeira da memória, aparecem os que cruzaram nossos caminhos e pareciam, poderiam ter sido, ou foram tiranos.
O padre alemão, prefeito e xerife do internato, com moral para comandar e manter em torturante silêncio, duas divisões de alunos – dos médios e dos grandes – apenas com a autoridade do olhar.
Pra logo depois, aceitar o burburinho mais ensurdecedor depois da breve oração de agradecimento pelos alimentos.
Deo gratias.
Quantos não formou para a disciplina, pontualidade, retidão, caráter e vida?
O soberbo médico e professor inesquecível. Descobridor de talentos e multiplicador de cirurgiões.
Elegante, cordial, prestativo, humanista, desapegado das coisas materiais.
Passou um bom tempo da juventude, usando camisas verdes e saudando os companheiros com um perfilado anauê.
Talvez estes exemplos não tenham chegado a tanto.
Mas que diferença faz?
Notas do Redaor:
1.
O ‘movimento futurista’ queria apagar a arte do passado e tinha como base o patriotismo, num apelo em prol da guerra, do caos e da violência.
Alguns artistas adeptos apoiaram categoricamente Mussolini
2.
Partes deste texto foram publicados em 17/07/2019, sob o título: Meus Fascistas Favoritos