JANELA DE TRANSFERÊNCIAS
A exemplo do futebol, o governo federal precisa incluir no seu calendário de eventos, um período para renovação e trocas de algumas peças.
E ministros.
A época para o troca-troca coincidiria com as férias, entre as festas de reis e o carnaval.
Qualquer mudança que ocorresse entre estas datas, seria vista com naturalidade. Não ocupariam nem as primeiras páginas dos jornais.
Eventos normais, corriqueiros e esperados.
Imunes às crises políticas.
No final de cada temporada, numa grande festa, os melhores do ano seriam premiados.
Meritocracia é o que importa, dizem onze entre dez coaches.
Permaneceriam os melhores.
A regra, em fase de transição, seria aplicada somente aos civis.
Quem tem general, tem medo.
Melhor ministro, para os jornalistas especializados em tudo e pra quem entende de Economia, tirando Miriam Leitão. Paulo Guedes. Inegociável. Fica.
O ministro mais atacado e que resistiu aos golpes dos verdevaldos alienígenas e seus apoiadores infiltrados nas mais altas casas da vizinhança. Moro fica.
Até receber o prêmio supremo.
Ou ser aproveitado, como segundo homem, na luta pelo bi-campeonato que se aproxima.
No meio-do campo quem se destaca também permanece.
Sem aparecer.
Fundamental para que o time tivesse avançado, Tarcísio de Freitas é desses ministros que têm fôlego para jogar por oito anos.
Mostrou competência, renova o contrato.
Tereza Cristina e Mandetta, ficam.
Aqueles que levaram muitos cartões amarelos, seriam substituídos, de preferência por jogadores mais técnicos que fazem seus trabalhos na surdina, longe dos holofotes e microfones.
Alguns têm prioridade e urgência no descarte. Podem comprometer o resultado final.
A dificuldade é que nenhuma outra equipe se interessa por atletas complicados como o trio raivoso.
Salles, Damares e Weintraub.
A quem sempre esteve com o técnico desde as divisões mais inferiores do baixo-clero mas que não está se saindo muito bem, em reconhecimento à fidelidade e humildade, pode ser dada uma segunda chance.
Em posição mais recuada.
O problema é a etimologia da palavra.
Onyx vem de unha, garra.
Com este nome, apega-se ao cargo, por mais que diga não buscar o poder e ter fome de servir.
Está na essência da pedra que nomeia.
Desde a antiguidade ela representa exatamente o contrário. É a pepita do poder e da realização pessoal.
O processo de renovação se completa com o estímulo às divisões inferiores, principalmente do segundo escalão.
A chance dos jogadores das bases ascenderem ao time principal.
O tempo certo para o secretário especial que foi artilheiro e deu show na reforma da previdência, virar ministro.