1 de maio de 2024
Eleições

Juíza do TRE atesta segurança de urnas eletrônicas e critica “ataques levianos” a sistema

 

A Comissão de auditoria do TRE que vai atuar nas eleições de 2022 promoveu nesta quinta-feira, 8, audiência pública sobre sistema eleitoral brasileiro e sua segurança.

 Presenças do  desembargador Expedito Ferreira, vice-presidente do TRE-RN e corregedor regional eleitoral; da juíza Hadja Rayanne Holanda de Alencar, presidente da comissão de auditoria; e da procuradora da República Cibele Benevides, indicada pelo Ministério Público. 

A juíza Adriana Magalhães fez um discurso contundente em defesa do sistema eletrônico de votação.

Ela  chamou de “levianos” os ataques ao processo eleitoral e disse que eles têm o claro objetivo de desacreditar – sem provas – as urnas.

“O sistema eletrônico de votação tem sido alvo de levianos e sistemáticos ataques, cujos únicos objetivos, nós bem sabemos, é desacreditar, perante a população em geral, e fragilizar o processo eleitoral, com o lançamento de dúvidas acerca da vontade soberana que sempre emerge das urnas”. 

A juíza eleitoral acrescentou que, de todos os ataques feitos às urnas, destaca-se a informação falsa de que o sistema de votação não é “auditável”.

Adriana Magalhães chamou essa propagação de “perversa fake news”.

“De todas as notícias que circulam acerca da urna, a mais propagada, seguramente, é que não é possível realizar a contento a auditoria dos votos nela sufragados. Trata-se de mais uma perversa fake news”, falou a juíza.

Adriana Magalhães enfatizou que a urna passou a ser empregada nas eleições brasileiras desde 1996 justamente para solucionar falhas humanas intencionais e não intencionais, acabar com a lentidão na apuração dos resultados e ser acessível a eleitores com deficiência. Além disso, é “totalmente auditável e possui diversos procedimentos de verificação antes, durante e após a realização do pleito”.

“Entre os mecanismos de auditagem que compõem o sistema eletrônico de votação, está a verificação do resumo digital, o dash; a impressão do boletim de urna; a comparação entre o boletim impresso e o boletim recebido pelo sistema de totalização; a verificação de assinatura digital; a confecção dos relatórios e atas das seções eleitorais com os arquivos digitais da própria urna; a auditoria do código-fonte, lacrado e armazenado no cofre do TSE; a recontagem dos votos por meio do registro digital do voto, o RDV; e a recontagem do RDV com o próprio boletim de urna”, listou.

A juíza eleitoral acrescentou que “a urna funciona de modo isolado, sem conexão Wi-Fi, bluetooth ou internet, o que impossibilita qualquer ataque hacker ou distorção dos dados nela contidos”.

AUDITORIAS COM TESTE DE INTEGRIDADE

No dia da eleição, a comissão presidida pela juíza Hadja Rayanne fará, em local público, os dois testes em urnas escolhidas por entidades fiscalizadoras ou sorteadas.

As urnas submetidas a auditoria serão retiradas das seções onde já estão instaladas e serão levadas para a perícia.

No Teste de Integridade, na mesma hora em que ocorre a votação oficial, números anotados em cédulas previamente preenchidas por qualquer cidadão são digitados, um a um, nas urnas eletrônicas. Parte dessas cédulas pode ser preenchida durante a audiência pública desta quinta-feira.

Paralelamente, os votos em papel também são registrados em um sistema de apoio à votação, que funciona em um computador. Concluído o teste, às 17h, o resultado é apurado na urna eletrônica e confrontado com o obtido através da apuração manual.

Até hoje, o resultado nunca foi divergente. Desta vez, como nas outras eleições, o processo será filmado e transmitido ao vivo. Qualquer cidadão pode acompanhar este processo.

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