Menos poluição: RN vai produzir combustível de aviação com glicerina do biodiesel
A preocupação com energias renováveis atinge vários setores da Economia mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, só são permitidos voos comerciais de aviões que utilizem no máximo 50% de combustíveis sustentáveis no seu abastecimento.
Ano passado houve a divulgação de um avião com 100% de abastecimento com combustível verde.
A realidade de lá chega ao nosso RN através do o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que acaba de fechar parceria com a GIZ – agência alemã de cooperação técnica focada em desenvolvimento sustentável – para desenvolver Combustível Sustentável de Aviação (SAF), a partir da glicerina, um co-produto do biodiesel.
Ficou acordado que a Cooperação Técnica Alemã vai investir mais de R$ 4,5 milhões até 2023 no projeto.O desenvolvimento do combustível tem como objetivo a redução de emissões de gases do efeito estufa em voos.
O querosene sintético renovável, ou e-querosene, como também é chamado, será produzido a partir da glicerina, um co-produto do biodiesel – por meio de um processo químico denominado rotaFischer-Tropsch.
A glicerina será transformada em gás de síntese (monóxido de carbono e hidrogênio verde) e, após processos químicos e industriais, será transformada em combustível.
Como a produção é sustentável, ao ser consumido o combustível não contribuirá para o aquecimento global – já que o balanço de carbono tende a ser neutro.