2 de maio de 2024
Memória

MÉTODO TAILANDÊS

 Pintura mural nativa do festival da colheita do arroz, na parede do templo em Loei, Tailândia


Não se sabe bem como a expressão entrou nos usos, costumes  e cotidiano da família.

Qualquer coisa alinhavada, feita às pressas, nas partes mais altas das pernas, sem muito esmero ou acabamento, recebe uma definição doméstica muito precisa.

A procura de uma explicação para a expressão que tem servido para as mais diferentes situações, não teve êxito.

E como não se conhece ninguém nascido no enigmático país asiático, continua sendo usada, sem medo de ninguém ser taxado de xenófobo.

A primeira vez que foi ouvida foi numa daquelas saídas espirituosas que  os cariocas são mestres em bem usar.

Já no fim do dia, o chefe do serviço havia deixado uma cirurgia a cargo do residente mais experiente.

Mas também, aquele sempre sem muito tempo, cheio de outros compromissos, bicos e plantões clandestinos.

No dia seguinte, ao perguntar se tudo havia transcorrido bem, foi informado que sim e que havia até sido empregado um novo método, bastante eficaz: o tailandês.

Como nenhum staff  jamais havia ouvido falar na exótica técnica e ninguém queria demonstrar ignorância, o novo termo foi aceito no linguajar terapêutico-cirúrgico.

Entre os médicos residentes porém, todos sabiam, há muito tempo, como chamar  a maneira de fazer qualquer coisa rápida e mal feita.

Pelo Método Tailandês

Pintura mural do Templo da Vida de Buda, Bangkok, Tailândia


(Publicação original em 01/05/2019)

 

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