27 de abril de 2024
Coronavírus

MUITO ALÉM DAS VACINAS

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Mais que o fim, a vacina tem se revelado recomeço.

De uma vida a ser repartida com o invasor que anuncia, vai permanecer por muito mais tempo que se podia esperar.

Mesmo com  todas as atenções dos cientistas e bombardeio da indústria farmacêutica, ainda não é tempo de contar vitória ou de se fincar bandeiras marcando o território reconquistado.

Países que avançaram mais na imunização mantêm medidas restritivas e passam a promover eventos controlados antes de chegar aos limites do que poderá ser tolerado no futuro.

Quem tem alguma dúvida, pergunte aos jovens ingleses que voltaram às baladas e ao convívio aglomerado com a galera, se a rave foi igual àquelas que passaram.

Entrada condicionada à apresentação de teste negativo para o coronavírus, solta a imaginação de como serão as festas do futuro.

Com tantas variantes, cepas e mutações é de se imaginar o universo musical do rock, já dividido em tantos gêneros, tendo que se adequar às tendências das prevalências viróticas.

A música que vai animar os convalescentes da linhagem de Manaus pode não ser a mesma que leve os que apresentaram sintomas da sul-africana, ao delírio.

Nada que um bom algoritmo cruzado com estatísticas do Imperial College não resolva.

The show must go on.

O business mais afetado na pandemia, está se reinventando.

O que parecia ser o substituto para os grandes espetáculos ao vivo, mostra sinais de cansaço.

As lives fizeram sucesso enquanto foram novidade. De poucos e inventivos artistas.

O material entrou em fadiga,  antes de ser incorporado à rotina das pessoas.

No Reino Unido, foi lançado o Programa Nacional de Pesquisa de Eventos para estudar as instalações e capacidade de público que podem ser considerados seguros.

Salas de cinema cada vez mais deixarão de ser uma telona e um som surround.

Para competir com a produção doméstica do streaming,  parecerão lanchonetes que apresentam filmes.

Ou restaurantes de alta gastronomia com projeção simultânea.

Os teatros, alem dos grandes espetáculos, terão que anunciar mais uma atração, sem a qual, o respeitável público não se sentirá seguro nem motivado a sair de casa para uma noitada cultural.

O anúncio do sistema de ar condicionado com fluxo de ar que impeça a circulação de partículas em suspensão, dividirá os cartazes com os nomes dos astros e divas das artes cênicas.

Os tamanhos das torcidas nas praças esportivas só  serão determinados quando for concluída a pesquisa iniciada na partida final da Copa da Inglaterra assistida, ao vivo, por 8 mil apaixonados torcedores.

Uma conclusão  inicial é que a pequena multidão sob controle e o distanciamento, afetaram o comportamento dos hooligans.  Sem superlotação, amansam.

O maior de todos os testes se aproxima.

A primeira olimpíada sem torcidas estrangeiras,  poderá ser também a inauguração de um novo formato com profundas transformações no turismo e toda sua cadeia de produção de serviços.

O que os futurólogos do passado previram está acontecendo.

Com copiosa diferença.

Em vez de pessoas, foram os lugares exóticos, os  ricos museus, grandes shows, as mais emocionantes competições esportivas e todas as maravilhas do mundo que se teletransportaram para encher as casas e preencher nossas vidas de sentimentos e emoções.

Quem duvida que o novo normal começou, que conte uma estória diferente.

https://m.youtube.com/watch?v=t99KH0TR-J4

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