4 de maio de 2024
Nota

Não vai ter trégua: Bolsonaro volta a criticar Ministros do STF antes do 7 de Setembro

Do Globo

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar nesta terça-feira ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a questionar o sistema eleitoral brasileiro.

O chefe do Executivo afirmou que o presidente do STF, Luiz Fux, está “equivocado” e que deveria ser investigado no inquérito das fake news por ter defendido as urnas eletrônicas.

O presidente também atacou outros dois ministros da Corte, como Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Em entrevista à Rádio Guaíba, na manhã desta terça, Bolsonaro rebateu as declarações. Apesar de fazer seguidos ataques ao STF, o presidente não costuma criticar diretamente Fux.

— Com todo respeito ao Fux, de vez em quando nós trocamos algumas palavras aqui, ele é chefe de Poder. Mas, no mínimo, para ser educado, (foi) equivocado. Ou fake news. Que deveria estar o Fux, respondendo processo no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério. E não essa mentira, essa enganação, que são esses inquéritos do Alexandre de Moraes.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro afirmou que o ministro Barroso é um “criminoso” por ter articulado no ano passado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituía o voto impresso.

— Interferência direta do Barroso dentro do Congresso Nacional para não aprovar o voto impresso. Interferência política, isso é crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso.

Em resposta ao presidente, sem citá-lo diretamente Barroso disse no Twitter que “mentir precisa voltar a ser errado de novo”.

Ele acrescentou que foi à Câmara, na condição de presidente do TSE, três vezes para debater o projeto, após convites oficiais.

“E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores”, completou o ministro.

DO TL

Os novos arroubos do presidente Bolsonaro não estavam no script do Centrão e seus representantes no Palácio do Planalto.

O ministro Fábio Faria, por exemplo, foi entrevistado há dez dias e vaticinou que o clima entre os Poderes Executivo e Judiciário estava melhorando e chegaria pacificado ao 7 de setembro.

E agora, dará tempo de reverter a tensão antes do Desfile dos 200 anos da Independência ?

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