27 de abril de 2024
Cidades

Natal não está só: Tarifa de ônibus será protagonista nos debates eleitorais de muitas capitais

Transporte público, temos repetido aqui neste TL, será “o tema”na disputa eleitoral de 2024.

Hoje, as páginas nacionais mostram que não é “privilégio” da capital potiguar, mas a pedra no sapato de vários prefeitos de grandes capitais brasileiras que buscam a reeleição no próximo ano. 

O desgaste maior ? Necessidade de reajuste das passagens de ônibus, algo que interfere diretamente no bolso do cidadão/eleitor. 

SUBSIDIO FEDERAL É O CAMINHO? 

Em matéria do Globo desta segunda-feira, 24, a notícia de aumento de tarifas em cidades como Belo Horizonte e Fortaleza,  em meio a embates entre os gestores municipais e adversários.

Em Salvador e Porto Alegre, prefeituras comandadas pela oposição ao PT têm cobrado o governo Lula por um subsídio federal para frear o custo do transporte.

No Rio e em São Paulo, a situação do transporte municipal é considerada a principal pedra no sapato dos prefeitos Eduardo Paes (PSD) e Ricardo Nunes (MDB), respectivamente.

Paes, que reajustou a tarifa dos ônibus de R$ 4,05 para R$ 4,30 em janeiro, condicionou o subsídio municipal às empresas de transporte à climatização integral da frota, em um esforço para amenizar o impacto negativo do aumento na passagem.

Nunes, que decidiu manter a passagem congelada em R$ 4,40 pelo terceiro ano consecutivo na capital paulista, tenta viabilizar a adoção da tarifa zero em meio a esforços de cunhar uma bandeira eleitoral.

Em Salvador, terceiro maior colégio eleitoral do país nas eleições municipais, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) tem defendido ajuda federal através de um marco regulatório sobre o transporte público, incluindo subsídios para custear gratuidades de idosos e aportes para renovação de frota.

Em Fortaleza, o prefeito Sarto Nogueira (PDT) criticou a descontinuidade de um subsídio do governo estadual após reajustar a passagem em 15% no último mês, de R$ 3,90 para R$ 4,50. A medida gerou desgaste porque Sarto, três meses antes, havia negado a hipótese de aumento de tarifa neste ano.

SITUAÇÃO DE NATAL

Na capital potiguar, um problema que se arrasta de várias administrações com ponto critico há pelo menos dez anos. 

De um lado, a tão propalada licitação que se impõe, de outro,  o receio de debandada dos empresários que hoje exploram as linhas de transporte público local. 

Nos últimos dias, a promessa do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que vai enfrentar o problema e fazer a licitação ainda este ano. Para isso, o primeiro passo teria sido a troca de técnicos da STTU para priorizar  licitação. 

A tarifa de R$ 4,00 não tem aumento desde 2019, mas o Seturn já sinalizou que o reajuste necessário seria para R$ 4,85.  Em 2020 um aumento para R$ 4,25 chegou a ser anunciado, mas depois do desgaste a Prefeitura recuou.

Desde a pandemia mais de trinta linhas foram retiradas das rotas e ainda não foram substituídas, nem retomadas.

Um problema complexo, de muitas variantes e prioridade absoluta para engrenagem de qualquer cidade. 

 

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