10 de maio de 2024
Nota

Ninguém sabe quem atacou hospital de Gaza, mas o mundo segue dividido em versões e torcida

Por Guga Chacra no Globo 

Não sabemos se o responsável pela explosão de um hospital em Gaza foi Israel ou a Jihad Islâmica. Precisamos esperar investigação independente.

No passado, os Israelenses negaram também ataques e posteriormente ficou provado que estavam corretos.

Em outras ocasiões, como no assassinato de uma jornalista palestina-americana em Jenin e no massacre de crianças em um abrigo da ONU em Qana, no Líbano, Israel acabou sendo desmentido ao ser provada sua culpa.

Ainda que seja impossível saber neste primeiro momento, a narrativa de que foi Israel já é dominante no mundo árabe, inclusive ente aliados como Jordânia, Emirados Árabes e Egito.

Ações já começaram a ser tomadas em função dessa percepção, seja ela certa ou errada. Basta ver a decisão da Jordânia de cancelar encontro do rei Abdullah e do ditador al-Sissi com o presidente Joe Biden — o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, já havia dito que não participaria. Outra consequência é o aumento da pressão internacional para um cessar-fogo imediato, inclusive na resolução estudada no Conselho de Segurança da ONU.

Nas ruas árabes, certamente Israel será considerado culpado. Mesmo antes, torcidas do Raja Casablanca, do Marrocos, e do Al Ahly, do Egito, entoavam gritos anti-Israel por causa dos bombardeios a Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas. Temos de ficar de olho no impacto na Cisjordânia.

TL COMENTA 

Esta colunista não é especialista em guerra, muito menos nos complexos conflitos do Oriente Médio, mas há dez dias tenta se aprofundar no tema, buscando os dois lados da notícia em busca da verdade.

Hoje, o presidente do EUA, Joe Biden, chegou a Israel e sua primeira fala sobre o terrível ataque ao hospital foi..”parece coisa do lado de lá”, impondo a responsabilidade ao grupo terrorista Jihad. Pela lógica política ele não poderia ter outra postura, desde que confirmou sua ida ao país aliado, Israel. Um discurso para seu país, que tem guerra permanente contra o Terrorismo e para o mundo.

Enquanto isso, as versões vão tomando conta do mundo polarizado, que mesmo tendo um guerra transmitida “ao vivo” em sua tela de celular não consegue a realidade dos fatos. Um olhar de cima dos muros, que não separam, mas trazem a visão privilegiada do todo, do bom senso.

Enquanto isso também, seguimos no mundo de opiniões com pouco embasamento, onde até a escolha de um chocolate passa a ter pseudo ideologias e divisão atroz. E assim seguimos nós, segue nossa desumanidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *