No 2º ano de Governo, Lula entregou mil títulos de posse aos assentados de Mossoró
Das coincidências da vida ou as voltas que a política dá.
Próxima sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro virá ao Rio Grande do Note. A expectativa é grande até pela frustração de duas visitas anteriores canceladas – com justa causa – depois de sua posse.
Agora, a narrativa do Bolsonarismo que o Presidente entregará mais de 1000 títulos de terra aos trabalhadores rurais do Projeto Baixo-Açu.
“É o dobro do que o Governo do PT entregou em todos esses anos…”
COMPARANDO QUE O POVO ENTENDE
O dobro é também a popularidade do Lula de 2003 ao Bolsonaro de 2020.
Ali beirava os 60%, aprovação crescente que o acompanhou até o final do segundo mandato quando elegeu a primeira mulher presidente, aquela que não tinha vencido qualquer eleição para cargo público.
Voltando aos títulos da terra.
Era um sábado, em 20 de dezembro de 2003. A foto mostra um pouco da multidão. Dois palanques com políticos locais. Governo Wilma de Faria e Rosalba Ciarlini prefeita.
O presidente fez um sobrevôo de helicóptero no local, visitou a vila MAISA, cumprimentou famílias inscritas no programa de Reforma Agrária.
Estava acompanhado dos ministros Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, Antonio Palocci, da Fazenda, José Dirceu, da Casa Civil, José Graziano, da Segurança Alimentar além de políticos locais.
Quem poderia imaginar o Brasil de 2020…
No segundo ano de Govenro – forte na política e na economia-, a desapropriação de 19.702,0079 hectares, cerca de 95% da área da fazenda, no valor de R$ 8.909.224,50, sendo R$ 3.914.787,40 em valor da terra nua e R$ 4.994.437,10 pelas benfeitorias erguidas no local.
O assentamento Maisa seria o segundo maior do Brasil e um dos maiores da América Latina. Nunca antes na história deste país. DO TLOs títulos foram entregues, a promessa de transformar o assentamento num dos maiores da América Latina, não. Havia os Sem-Terras no meio do caminho. No meio do caminho, havia os Sem-Terra.
