30 de abril de 2024
Coronavírus

NO OZÔNIO DOS OUTROS

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Nunca houve buraco mais famoso. E estudado.

Preocupação de todos, objeto de incontáveis congressos e encontros científicos.

Para alguns, sua violação é o fim do mundo.

Parte da atmosfera que habitamos e de onde retiramos o ar que nos mantém vivos, a camada de ozônio é encontrada na região mais alta da gotícula que transporta a terra, em suspensão no cosmo, a estratosfera.

Esta parte gasosa do globo tem a propriedade de absorver as radiações ultravioletas vindas do sol. As que passam são prejudiciais a todos os seres, incluídos os que se consideram inteligentes.

Gases tóxicos produzidos pelo homem industrial e os que soltam os ruminantes, são os vilões perfurantes desta estória.

Pra não aumentar o rombo, ambientalistas vivem em constante guerra pacifista e Greta Thunberg atravessou o Atlântico a remo e vela.

Na outra frente de batalha,  travada contra inimigo igualmente invisível, têm sido experimentadas várias armas, enquanto a vacina não chega.

O Dr. Volnei Morastoni, prefeito de Itajaí, anunciou que poderia usar também o ozônio no combate à Covid-19.

Foi um Deus nos acuda.

Em tudo que é blog e portal. Virou mais uma no país da piada pronta.

A notícia passaria como mais um remédio que vêm sendo tentado. Um outro a ser acrescentado na prateleira onde estão a cloroquina, a ivermectina, o zinco, o chá de boldo e tantos que mereçam fé e polêmica.

Não fosse a via de administração sugerida, nem estaríamos aqui, escrevendo. E você, leitor.

A terapia com ozônio já vem sendo empregada há muito tempo.

Estava em trajetória de  sucesso retumbante,  fazendo a  fortuna de alguns,  quando há dois anos, o Conselho Federal de Medicina proibiu seu uso em consultórios, clínicas e hospitais.

Somente estudos clínicos são autorizados.

Os efeitos milagrosos para aumentar as defesas imunológicas e elixir da eterna juventude, ainda não foram comprovadas.

É sabido e aceito que pode estimular sistemas antioxidantes e protegê-los contra os radicais livres.

Por ter  sido  aplicado com relativo êxito em pacientes com enfisema pulmonar, está sendo lembrado para ajudar na recuperação dos pulmões afetados pelo coronavírus.

Sendo o ozônio, a forma triatômica do oxigênio, apresenta-se como um gás incolor e de odor forte que se decompõe rapidamente em oxigênio, sendo portanto um agente oxidante muito poderoso.

O fato da absorção pela via retal mostrar-se mais eficaz e econômica,  atraiu a preferência do inventivo burgomestre catarina.

Pediatra por formação,  entusiasmou-se com a praticidade do método:

“Uma aplicação tranquilíssima, rapidíssima, de 2 minutos, num cateter fininho, com resultado excelente”.

Se quisermos surfar a onda que vêm do sul, temos um local ideal para experimentar a nova terapêutica.

E onde associá-la  aos benefícios da Vitamina D.

Quem não vai querer se tratar, numa chaise longue, na beira da piscina do Hospital da Via Costeira, de bruços para o sol?

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