8 de maio de 2024
Política

Nominata de deputado estadual é pesadelo para partidos e salve-se quem puder para candidatos

Uma novidade que vem cristalizando nesta pré-campanha é a figura (incômoda) do deputado estadual para os partidos políticos.

Antes tidos como as bases indispensáveis para fazer dobradinha com os federais e senadores, agora um peso quase insustentável para as legendas.

E isso tem um porquê reflexo das mudanças na Lei Eleitoral.

Resumindo, deputado estadual é peso zero no fundo partidário.

Desde que a Legislação Eleitoral proibiu a contribuição de campanha por empresas e o fundo partidário tornou-se a única via de recursos para os candidatos que a figura do estadual passou também  a ser secundária.

Isso porque lá em cima o cálculo do fundo partidário é feito pelo número de cadeiras que cada partido tem na Câmara Federal.

Assim, cabe aos Diretórios estadual destinar – ou não – verba aos candidatos a deputado estadual.

No Rio Grande do Norte, por exemplo, a exceção é o  PSDB, que não prioriza a nominata de deputado federal, até porque seu presidente Ezequiel Ferreira de Souza é estadual com projeto definido de permanecer presidindo a Assembleia.

Mas todos os outros vem priorizando a nominata de federal e esquecendo sem cerimônia os estaduais.

Senão vejamos.

O PP acaba de anunciar sua convenção para o próximo domingo,  e sem disfarça, r não vai apresentar candidaturas a deputado estadual. Isto é, não vai fazer de conta que tem candidaturas competitivas para dividir recursos com o andar de cima.

O PL também está focando em seus candidatos a deputado federal sem muitas perspectiva para os estaduais. Ainda tem que dividir o bolo com o pré-candidato a Senador, Rogério Marinho.

O PDT de Carlos Eduardo tem sua candidatura ao Senado como escola principal, mas tem a nominata de federal com a presença da vice-prefeita de Natal até para justificar ao Diretório Nacional, que está ON, trabalhando pelo partido e pelo Fundo.

O MDB já dividiu responsabilidades desde a escolha dos nomes da nominata,  quando delegou ao pré-candidato Adjuto Dias a costura e escolha dos seus companheiros de disputa.

Com a divisão de recursos, tudo indica, não será diferente. Sem muitas perspectivas para divisão do fundo partidário de forma equilibrada com a nominata de federal, que privilegia a candidatura do ex-senador Garibaldi Alves.

É uma novidade no modus operandi das campanhas que pode refletir na formação da nova Assembleia, prometendo bons presságios para o chapão do PSDBm que hoje já conta com a metade das cadeiras do Palácio José Augusto – 12 dos 24- e para os candidatos que dispõe de  seus próprios recursos para colocar no jogo.

Há também os candidatos que se confiam no “voto de opinião”, aquele que não está vinculado a apoios políticos dos municípios, nem ao “investimento” alto com estrutura de campanha.

Mas aí é o imponderável do imponderável. Será o recado das urnas que fica para analisarmos só no dia seguinte com o jogo jogado.

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