Vem aí, a quarta vacina
A guerra pelo mercado das vacinas ganha um novo concorrente.
Anunciada desde as primeiras ondas da pandemia, finalmente, sob as bençãos dos órgãos reguladores, está chegando às farmácias americanas, a Novavax.
A princípio, deverá ocupar as vaga deixadas nos ombros dos norte-americanos, pelas vacinas de RNA-mensageiro que assustaram, ao ponto de muitos perderem os empregos pela recusa da “imunização”.
Coronavirus: uma quarta vacina
Fonte: Jonathan Wolfe para o Coronavirus Briefing, do The New YorkTimes, em 21/07/2022
Os Estados Unidos aprovaram sua quarta vacina para uso contra o coronavírus. A nova vacina da Novavax, uma empresa farmacêutica de Maryland, funciona de maneira diferente das outras três vacinas Covid em uso.
Embora se espere que as doses de Novavax desempenhem um papel limitado na campanha de imunização do país, pelo menos inicialmente, ter outra ferramenta aprovada para combater o vírus à medida que continua a sofrer mutações é um desenvolvimento positivo.
Aqui está o que mais você precisa saber sobre a nova foto..
Tecnologia. Ao contrário das três vacinas Covid autorizadas nos EUA, a versão Novavax provoca uma resposta imune com nanopartículas formadas por proteínas da superfície do coronavírus que causa a Covid-19. Vacinas semelhantes à base de proteínas têm sido usadas globalmente por décadas.
Eficácia. Com duas doses espaçadas de três semanas, a vacina demonstrou uma eficácia geral de 90,4 por cento, a par das vacinas fabricadas pela Pfizer e Moderna, e superior à vacina de dose única da Johnson & Johnson. A vacina Novavax mostrou uma eficácia de 100% na prevenção de doenças moderadas ou graves.
Contra Ômicron. A vacina foi testada antes do surgimento da variante, o que reduziu drasticamente a eficácia de outras vacinas autorizadas na prevenção de infecções. No entanto, a Novavax está desenvolvendo novas versões de sua vacina que visam a Ômicron e suas subvariantes altamente contagiosas.
Efeitos colaterais. A vacina da Novavax está ligada a um risco elevado, mas pequeno, de formas de inflamação cardíaca conhecidas como miocardite e pericardite. A empresa disse que identificou 17 casos definitivos ou prováveis de miocardite e pericardite em mais de um milhão de doses. As vacinas de mRNA da Moderna e da Pfizer também estão ligadas a um risco elevado dessas condições, mas essa ligação não surgiu até depois de terem sido colocadas em uso em larga escala.
Como reforço. Os testes também mostraram que a injeção da Novavax funciona bem como um reforço, e a empresa deve em breve buscar autorização para que seja usada dessa maneira.
A Novavax espera que sua vacina atraia milhões de pessoas que até agora se recusaram a ser vacinadas, talvez porque estejam cautelosas com a tecnologia por trás das vacinas de mRNA.
Cerca de 22% das pessoas nos EUA não receberam uma única dose da vacina Covid.
