NOSSO NOVO MUNDO
O novo nada difere do velho normal
A vida antes do grande espirro que veio do oriente, continua igual, à espera do próximo flagelo.
As mudanças percebidas ficam na conta da Inteligência Artificial que resolveu sair do armário cibernético.
O recolhimento sentenciou como pena, a introspecção, sob o risco, se não cumprida, ser agravada com a insanidade.
A loucura chegou, mas sob domínio de máquinas que passam a ter vontades próprias.
Sinais já são decifrados na Medicina, que deve seus maiores enriquecimentos, às guerras e catástrofes.
Dos conflitos mais sanguinários surgiram soluções que salvaram muito mais que os muitos que tombaram nos campos de batalha, observações e pesquisas.
A telemedicina perdeu a aura de impessoal e sem alma, é aceita, despida de preconceitos.
A prática médica ganha em eficiência e segurança.
Ou alguém tem duvida que em epidemias futuras, os médicos, enfermeiros e terapeutas não tratarão melhor os enfermos à distância, isolados e protegidos?
Robôs-cirurgiões que operem sozinhos, com auxiliares mecatrônicos, seguidos por intensivistas de liga metálica, braços articulados, sensores, câmeras e visores, cuidam bem melhor do paciente de carne e osso, em estado crítico.
Equipamentos que acompanhem os parâmetros, corrijam doses, retirem e acrescentem medicações.
Camas que mudem o decúbito e até higienizem os vitimados, com mais esmero que um contemporâneo e cansativo banho no leito.
Laudos com diagnósticos conclusivos, das imagens recebidas em tempo real e contínuo.
Estamos vivendo no futuro.
Quem há de duvidar de máquinas alimentadas por algoritmos, histórias de vida e perspectivas de porvir saudável, produtivo e prazeroso, em ambiente de paz, desligando automaticamente quando chegar a hora final?