5 de maio de 2024
Coronavírus

Nova vacina pode trazer esperança para o mundo não vacinado

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Por Carl Zimmer para o The New York Times, 5 de maio de 2021

A empresa alemã CureVac espera que sua vacina de RNA rivalize com as fabricadas pela Moderna e Pfizer-BioNTech.

Pode ficar pronta no próximo mês.

No início de 2020, dezenas de equipes científicas lutaram para fazer uma vacina para Covid-19.

Alguns escolheram técnicas testadas e comprovadas, como fazer vacinas a partir de vírus mortos.  Mas um punhado de empresas apostou em um método mais arriscado, que nunca havia produzido uma vacina licenciada: implantar uma molécula genética chamada RNA.

A aposta valeu a pena.  As duas primeiras vacinas a emergirem com sucesso de testes clínicos, feitas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna, eram ambas feitas de RNA.  Ambos demonstraram ter taxas de eficácia quase tão boas quanto as que uma vacina poderia atingir.

Nos meses que se seguiram, essas duas vacinas de RNA forneceram proteção a dezenas de milhões de pessoas em cerca de 90 países.  Mas muitas partes do mundo, incluindo aquelas com crescente número de mortos, tiveram pouco acesso a eles, em parte porque precisam ser mantidos congelados.

Agora, uma terceira vacina de RNA pode ajudar a atender a essa necessidade global.  Uma pequena empresa alemã chamada CureVac está prestes a anunciar os resultados de seu ensaio clínico em estágio final.  Já na próxima semana, o mundo pode saber se sua vacina é segura e eficaz.

O produto CureVac pertence ao que muitos cientistas se referem como a segunda onda de vacinas Covid-19 que poderiam, coletivamente, aliviar a demanda mundial. 

A Novavax, uma empresa sediada em Maryland cuja vacina usa proteínas do coronavírus, deve solicitar autorização nos EUA nas próximas semanas.

Na Índia, a empresa farmacêutica Biological E está testando outra vacina à base de proteína desenvolvida por pesquisadores no Texas.

No Brasil, México, Tailândia e Vietnã, os pesquisadores estão iniciando testes para uma dose de Covid-19 que pode ser produzida em massa em ovos de galinha.

Os especialistas em vacinas estão particularmente curiosos para ver os resultados do CureVac, porque sua injeção tem uma vantagem importante sobre as outras vacinas de RNA da Moderna e Pfizer-BioNTech.  Enquanto essas duas vacinas devem ser mantidas em um freezer, a vacina do CureVac permanece estável na geladeira – o que significa que pode entregar mais facilmente o poder recém-descoberto das vacinas de RNA para partes duramente atingidas do mundo.

Para o cofundador da CureVac, o biólogo Ingmar Hoerr, o ensaio da empresa com a vacina Covid-19 é o culminar de um quarto de século de trabalho com RNA, uma molécula que ajuda a transformar o DNA em proteínas que fazem o trabalho de nossas células.  Como estudante de graduação na Universidade de Tübingen na década de 1990, o Dr. Hoerr injetou RNA em camundongos e descobriu que os animais podiam produzir a proteína codificada pelas moléculas.  Ele ficou surpreso ao descobrir que o sistema imunológico dos camundongos produzia anticorpos contra as novas proteínas.

TL comenta:

O Brasil entra para este seleto grupo de países produtores com a ButanVac, já em testes e em produção.

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