4 de maio de 2024
Política

O DIA DE FÚRIA DE CID

O Anjo Caído (1847) Alexandre Cabanel – Museu Fabre, Montpellier, França


Desde 1919 quando os maiores físicos do mundo estiveram lá para provar a teoria da relatividade de Einstein, Sobral nunca havia estado tão em evidência, quanto há três anos.

Há mais de um século, a população sobralense, acreditando nas previsões de outros cientistas mais populares, esperou  pelo juízo final, nas igrejas, rezando rosários de terços, que só não começou porque o sol, depois de enganar os galos madrugadores, voltou a brilhar cinco minutos depois de se esconder por trás da sombra da lua.

Um século depois, a curiosidade científica estava viva na pujante cidade transformada em modelo de desenvolvimento, no semi-árido nordestino.

Referência em sistema educacional, centro universitário de qualidade, com medicina de vanguarda e IDH de cidade do sudeste, presenciou uma segunda e muito bem sucedida experiência,  para provar outra teoria.

À frente dos pesquisadores, Cid Gomes, um engenheiro civil, do clã familiar dominante na política local há décadas.

Tendo sido prefeito, deputado estadual, governador do estado e ministro da educação, senador da república, cargo que os romanos já ensinavam,  deve ser exercido pelos mais sábios, os seniores, os mais experientes e ponderados da comunidade.

O método científico, voltou a ser empregado para demonstrar que um fato de natureza política, é mensurável e passível de averiguação.

E para responder a uma inquietante pergunta.

Quem tem mais força e menos juízo: um bando de meganhas grevistas, voluntariamente presos, ou um babaca varrido solto?

Formulações teóricas bem estudadas, passadas pelo crivo do equilibrado irmão mais velho e verborrágico, esperava apenas uma oportunidade de responder, demonstrando na prática, a terceira lei de Newton.

Toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade que atua no sentido oposto.

Sobral havia dado  ao filho tudo que precisava para se manter sob holofotes consagradores:

Régua, compasso e retroescavadeira. 

O Paraíso Perdido (1867) – Alexandre Cabanel – Museu Fabre, Montpellier, França

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