O SEGREDO DE FÁTIMA
Quando surgiu em Atenas, a Democracia era muito mais simples. Para participar e tomar decisões na assembleia do povo, únicos requisitos: ser homem e proprietário de escravos.
Dois mil, seiscentos e vinte e dois anos depois, a prática serve de modelo para todas as outras organizações da sociedade, nos quatro cantos deste esférico mundo.
De tanto mudar as regras do jogo democrático, na conveniência e interesse dos que passaram a elaborar leis e ditar normas, a próxima eleição brasileira aparece cheia de paradoxos para confundir o eleitor.
Agora mesmo, seis meses antes da escolha do governante, o povo potiguar vive um momento único na sua história.
Está pintando uma não disputa eleitoral. Por falta de adversários.
Não muito distante do consenso, analistas e cientistas políticos afirmam que o resultado da votação pode ser divulgado sem números.
Vai ser por WO.
Para os bretões, ocorre a vitória fácil quando não aparece contendor para disputar o cargo.
Na aritmética papa-jerimum, 35% é percentual definitivo, intransponível e impossível de ser alcançado.
Nem o mais camarada dos institutos de pesquisas divulgou posição mais favorável para a Governadora Fátima Bezerra, e mesmo assim, nos balões de ensaio da mídia, surge uma criatura híbrida que não gore em poucos dias.
A primeira mulher de origem popular a ocupar o antes disputadíssimo cargo, deverá permanecer como a única, à exceção das congêneres que assumiram para os titulares trocarem de cadeiras com as do Senado, qual Luluzinha no misógino clube.
A posição da governadora merece ser estudada por mestres versados nos mistérios da Alquimia.
Alguém capaz de transformar a folha de pagamentos dos servidores, em títulos de longo prazo, para resgate no mercado futuro da renovação dos mandatos.
Aquela que conduziu o enfrentamento da pandemia, sem adesão à moda dos hospitais de campanha, contou a instalação de leitos já existentes, comprou vacinas russas que nunca chegaram, caiu no conto do vigário de cinco milhões de reais em respiradores, e acabou desobedecida nas tentativas de imposição de lockdowns, mas consegue ter o desempenho aprovado até pelos que rejeitam sua administração.
Sem cônjuge ou familiares que mais atrapalham que ajudam, imune a escândalos, com oposição pífia, não encontrou dificuldade em domar os tímidos concorrentes.
Seu segredo não é difícil de ser desvendado.
Para Fátima, adversário bom é adversário companheiro de chapa.
O resto é nominata.
Se eu disser que gostei, o programa reclama. Agora não se pode repetir nada. Vou escrever assim: Considerei por demais bem posto a escreviação do novo cronista bem alfabetizado sem jamais ter merecido ser vítima de palmatória. Estou escrevendo na área do apartamento do meu filho em Maceió e escuto.
uma hiena puxando uma carroça rindo muito de sua própria miséria.
Estão deliberadamente esquecendo, omitindo, escamoteando etc etc – o nome de Styvenson Valentin.
Discorro: ele não tem nada a perder, tem ânimo e capacidade de rodar todo o estado indo de cidade e cidade falando diretamente aos eleitores. O medo dos politicos profissionais, jornalistas e demais agregados aos esquemas de poder ou oposição hoje no RN é grande, o cognominado ‘Bombado’ pode ser um susto grande.