PRA NÃO DIZER QUE NÃO AVISEI
As definições das candidaturas presidenciais já haviam chegado quando a doença ainda misteriosa continuava sendo estudada, como nenhuma outra.
Teorias conspiratórias lançadas e investigações acerca da origem intencional ou acidental, de cientistas em laboratórios, persistiam.
A procura por tratamento, motivo de guerra, sendo travada, com a repetição que o progresso da ciência e alento para a sobrevivência de muitos no futuro, sempre são precedidos por sofrimento e dor.
Protocolos e drogas reposicionadas afastaram as equipes médicas do medo, da indecisão e da impotência.
Os cuidados preventivos para evitar a disseminação, mantinham acessas as chamas da esperança na chegada das vacinas que não correspondiam às expectativas.
As regras do marketing político seguidas pelos aproveitadores das ondas midiáticas, no surfe da CPI, igual a todas que vieram antes, e que também morreu na praia.
Sem conquistas, resultados, nem glórias.
Como teria sido diferente se a discussão pública e popular tivesse alcançado os Transtornos de Personalidade, como pré-requisito para a identificação dos candidatos inaptos para a liderança na fase que viria, da recuperação da maior de todas as crises.
Pessoas impulsivas que não consideram as consequências dos seus atos, para a segurança dos outros.
Os que mostravam-se facilmente irritados e verbalmente agressivos.
Os que sempre emitem opiniões elevadas sobre si mesmos, e teimosos, autoconfiantes e arrogantes, mantêm admiradores cegos de paixão, com seus charmes toscos.
O país continua sua trajetória errante, sem rumo, na esquizofrênica escolha entre ser governado do palácio em ruínas ou da cadeia.
Para a política brasileira, a Pandemia não foi boa conselheira.
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As três obras de Hyeronimus Bosch estão expostas no Museo Nacional del Prado, Madri
(Partes do texto e ilustrações foram publicadas em 23/01/22, com o título AVISO-PRÉVIO)
