SAÍDA À CATALUNHA
A Espanha, acreditando já ter alcançado o pico da curva da contaminação pela Covid-19 e que o pior já passou, discute como será o retorno ao novo normal.
Tudo baseado em testes sorológicos em larga escala.
Deverão rastrear e determinar quais pessoas têm imunidade contra o vírus, para que possam realizar “atividades normais sem restrições à mobilidade”.
O retorno à normalidade, de acordo com esse planejamento, seria realizado em cinco fases progressivas, baseadas em modelos matemáticos.
Sem marcar um calendário temporal.
Na Catalunha, o Presidente da Província, Quim Torra, alertou a esse respeito que “não haverá normalidade até termos a vacina” e preferiu dar mais peso à “metodologia” a seguir do que às previsões no calendário.
Se os epidemiologistas consideram que a curva brasileira tem se comportado como a espanhola, é bom espelho para nosso retorno.
Lá, as medidas a serem tomadas serão baseadas em ciência e tecnologia. Com muito foco.
Estilo Mandetta.
Na primeira fase, permitirão que a mobilidade permaneça abaixo de 65%, desde que a taxa de novas internações nas UTIs não seja superior a 20%.
No segundo, testes de imunidade serão realizados em uma amostra de 50.000 pessoas – para calcular a situação – e 1,5 milhão de testes exatos para captura de vírus (PCR) por 16 semanas, priorizando grupos vulneráveis e populações sintomáticas e seus contatos. Para isolar os positivos.
O uso da tecnologia seria do terceiro estágio e a obrigação de usar proteções no dia a dia seria a quarta fase.
Dessa maneira, as pessoas mais jovens e saudáveis poderão sair de casa primeiro para “verificar se isso não tem impacto no sistema de saúde” e as pessoas em risco e ainda não infectadas, ficarão em casa por mais tempo.
As empresas não essenciais serão abertas primeiro; depois, o setor hoteleiro, e terceiro, as pessoas com menos de 70 anos serão liberadas. Em seguida, as escolas serão reabertas.
É um plano progressivo em que pessoas com mais de 70 anos, imunossuprimidas, só poderão sair por último.
A restrição a eventos de mais de 50 pessoas será a última etapa a ser liberada.
A volta espanhola será uma longa e tortuosa estrada
Como está sendo planejada a trilha potiguar?
Com a palavra a Governadora Maria de Fátima.
Fonte: La Vanguardia, Barcelona.