8 de maio de 2024
Direto de Brasília

Saúde na Mesa: Presidente da Câmara quer negociar Ministério para aprovar PEC da Transição

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), emperrou o anúncio que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faria do nome de Nísia Trindade Lima, atual presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), como ministra da Saúde do seu governo.

Nísia informou a integrantes da equipe de transição que o próprio Lula lhe comunicou que não faria mais o anúncio nesta terça-feira (13).

A versão que corre na bancada do Partido dos Trabalhadores é que o anúncio foi suspenso por pressão de Lira.

O deputado teria sido informado de que seu principal adversário político em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB), estava cotado para assumir o Ministério da Integração.

Lira, então, resolveu oferecer ao futuro governo uma nova fórmula para aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição: em troca do comando da pasta da Saúde para seu grupo, ele garantia o voto a favor do texto de um grupo que chamou de “consórcio de deputados”.

Seriam cerca de 150 integrantes do seu partido, o PP, do União Brasil, PSDB e Cidadania, entre outras legendas. .

Com esses 150 deputados, somados ao MDB, a outros partidos que também ganharão ministérios e à base de apoio ao futuro governo já formada no Congresso, haveria votos mais que suficientes para aprovar a PEC na Câmara.

A expectativa é que essas negociações, envolvendo os mais de 30 ministros que Lula pretende nomear, não deve ser fechada antes de quinta-feira (15).

Com isso, a votação tem tudo para ficar para a próxima semana.

Fonte: Tales Faria no UOL 

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