#FBF DE PAÍS
A ameaça de Stanislaw Ponte Preta ainda voga.
Firme e inabalável.
Nem a moralidade foi restaurada; nem todos se locupletaram.
Os efeitos da pandemia são imprevisíveis, apesar de muitos já saberem como será o amanhã e o novo normal, em detalhes.
Nosso passado, se não nos condena, tampouco nos garante que o inesquecível Lalau tinha razão.
(Publicação original em 14/08/2019)
NOVO BRASIL VELHO
A hora é agora.
Ou nunca.
Os astros, alinhados fora das suas órbitas, oferecem ao nosso país uma oportunidade sem igual nestes 519 anos.
Todas as experiências anteriores terminaram em impasses e conflitos.
Mais uma vez, num beco de poucas saídas.
Fatos que só um passeio pela história pode aclarar as ideias.
Começamos como terra devoluta.
Nem os corsários e piratas quiseram tomar de conta. Pra eles interessavam o pau abundante e as índias, desbundar.
Pindorama foi oferecida a quem quisesse arriscar a perigosa travessia para ser capitão (olha aí nosso destino) com direito a passar de herança aos seus 01, 02 e 03 d’antão.
Alguns faltaram à própria posse e nunca por aqui deram o ar de suas graças. Como legado, deixaram duas profissões almejadas: funcionários fantasmas e aspones de coisa nenhuma.
Os governadores-gerais mal foram prefeitos das capitais. Apresentaram poucos resultados e continuam maltratando seus estados.
Colônia mal cuidada, virou casa de mãe-joana.
Poderíamos ser hoje outra federação. Uma comunidade europeia subequatorial.
Cada macrorregião colonizada, uma cultura diversificada.
Que pena que não foi assim.
Portugueses, os primeiros a chegar, manteriam Arraial d’Ajuda, Bahia, Trancoso e mares dos sertões.
Holandeses, cuidariam de Mauritsstad a Nova Amsterdam.
E das Rocas ao Golandim, incorporando as províncias do Alecrim e das Quintas Profundas.
Extremo sul, anexado aos vizinhos espanhóis.
A pátria das chuteiras e da seleção campeã do mundo. Com os craques, Luisito, Lionel e Cebolinha. Uma quase Cataluña.
Descendentes de Villegagnon, estariam cantando bossa-nova, partido alto e funk proibidão, en français, embaixo do sovaco do Cristo erguido por eles mesmos, no alto da corcova.
E dando show de cancã e sambá na Sapucaí.
São Paulo tanto poderia ser independente, como sempre quiseram (remember 1932), ou dividida entre os invasores retardatários. Italianos e japoneses.
Harmonia de espaguete com sakê. Sushi no chianti.
Nossa melhor fase, graças à prensa de Napoleão, chegou e voltou com a corte do sexto João.
Reino unido, só enquanto a barra não limpava na Europa.
Promovido a império, começou como brincadeira de criança para atingir o apogeu de Pedro II. Nosso maior estadista, até a reeleição de 200 mil (reais) de FHC.
A república, nascida sob o estigma da primeira traição do generalato, depois de ser velha, nova, agora velhíssima de novo, não deu certo nos regimes a que se submeteu.
Continua tão balofa no presidencialismo como gorda foi no parlamentarismo.
Depois dos anos plúmbeos de trevas e das 13 pragas vermelhas, o futuro ainda é não sabido e incerto.
Resta a última esperança. A bala de prata, revelada pelas cartas do tarô, decifrada no jogo dos búzios e engatilhada na configuração dos astros.
Não dá pra ficar só com a jaboticaba. Precisamos mostrar ao mundo, outra jóia genuína nossa. Que só tenha nesta terra bonita por natureza e abençoada pelos santos do candomblé.
É aproveitar e largar.
Já que o supremo mandatário está mais preocupado com o ritmo intestinal dos cidadãos, os legisladores trocam tudo por emendas e a turma da justa liberou geral, vamos dar uma guinada de 360°.
Voltemos ao que nunca deixamos de ser.
Que as trombetas anunciem pro universo todo saber.
Só quem tem é nóis!
A primeira e única.
República da Anarquia Organizada do Brasil.