26 de abril de 2024
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“Diários de Andy Warhol” ganha versão audiovisual da Netflix

Insegurança com sua aparência e até com o seu trabalho artístico, negação de sua homossexualidade, amores mal resolvidos, o surgimento da Aids e a eterna busca pela juventude.

Sim, Andy Warhol, um dos maiores artistas contemporâneos, intitulado o “pai da pop art”, sofreu muito com questões relacionadas à sua autoestima.

Depois de levar três tiros na barriga, em 1968, até sua morte, em 1987, ele passou a ligar todas as manhãs para a amiga Pat Hackett para ditar uma espécie de diário contando passagens de sua vida. Em 1989, Pat publicou “Diários de Andy Warhol”, um compilado de 1.200 páginas dessas conversas.

E, para nossa boa notícia, o livro acaba de ganhar sua versão audiovisual para Netflix, em formato de minissérie, dirigida e roteirizada por Andrew Rossi, e produzida pelo onipresente Ryan Murphy.

Nem precisa dizer que o documentário se tornou o hypado do momento e o assunto das rodas mais badaladas. E não por acaso, a produção vem recheada de imagens, fotos e vídeos, muitos deles captados pelo próprio Warhol, que adorava registrar tudo o que via, o que nos faz mergulhar de cabeça em seu rico, dramático e badalado universo. Tudo narrado em off com a voz de Andy, reproduzida por meio de inteligência artificial.

Dois momentos merecem atenção especial na série. Primeiro, o surgimento de Jean-Michel Basquiat. O artista rebelde e prodígio, que aos 20 e poucos anos já era sucesso de crítica e público, aparece como um cara doce, ao contrário do que se possa imaginar, bom filho e grande amigo de Andy. Basquiat se tornou um ícone da arte e da moda.

Outro destaque é quando Warhol vai ao aniversário de Sean Lennon, ainda um garoto, no Edifício Dakota, em Nova York, onde vivia com os pais John Lennon e Yoko Ono. Na ocasião, Andy se surpreendeu ao se encontrar com um certo jovem genial, que compareceu na festinha para instalar um computador, uma raridade na época, dado de presente ao aniversariante. O rapaz em questão era ninguém menos que Steve Jobs, que depois acabou ensinando ao “pai da pop art” a fazer suas pinturas digitalmente, que se tornaram sucesso global e ícone pop.

Enfim, já viram que altas histórias não faltam, sendo uma boa sugestão maratonar em “Diários de Andy Warhol”, na Netflix.

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