27 de abril de 2024
Luto

Luto por Mozart Vianna, “o professor dos políticos”

Do Poder 360 

Morreu nesta 2ª feira (7.jun.2021) o ex-secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados Mozart Vianna.

Ele trabalhou na Casa por mais de 40 anos e ocupou o principal cargo de assessoramento dos seus presidentes por 20 anos. Auxiliou 12 deles, como Luís Eduardo Magalhães, Michel Temer, Aécio Neves, Aldo Rebelo e Henrique Eduardo Alves.

A causa da morte ainda não foi divulgada pela família. Tinha 69 anos.

Vianna era formado em Letras pela Universidade de Brasília. Começou a trabalhar no Congresso em 1975, quando passou no concurso público para ser datilógrafo. Assumiu a secretaria-geral da Mesa em 1984, de onde saiu apenas em 2011, com um breve retorno de 2013 a 2015.

De acordo com informações da Câmara, coordenou uma equipe de 150 funcionários, dividida em grupos de trabalho, durante a Constituinte, em 1987 e 1988. Trabalhou da preparação à redação final do projeto de Constituição.

Nessa época, Vianna ganhou o apelido de “espírito santo do ouvido”, dado por Ulysses Guimarães, por causa do seu amplo conhecimento do processo legislativo. Sempre com dedicação e cordialidade, o famoso “doutor Mozart” era também conhecido como “o pai do regimento interno da Câmara” e tido como uma das raras unanimidades em ambientes políticos.

Além de atender os presidentes da Câmara, auxiliava deputados, assessores e jornalistas. Em 2011, Vianna deixou a Casa para trabalhar exclusivamente para Aécio Neves, na época, senador pelo PSDB de Minas Gerais.

“Fazia questão de atender todo mundo, primeiro porque o Poder Legislativo é para isso, ouvir a população, e depois porque somos servidores públicos, estamos aqui para servir”, disse Vianna em texto publicado pela Câmara dos Deputados em 2011, quando deixou o cargo.

COMOÇÃO

A morte de Vianna foi lamentada por diversos políticos.
 “O Brasil perde um servidor público exemplar. Altamente preparado, dedicado e discreto, por onde passou Mozart deixou amigos e admiradores entre os quais me incluo. Me orgulho muito dos vários anos em que trabalhamos juntos. Que Deus possa confortar seus familiares e amigos“, disse em nota o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que comandou a Casa em 2001 e 2002.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), lamentou a morte do ex-secretário-geral em nome de todos os funcionários da Câmara.

O ex-presidente da República Michel Temer, que também foi presidente da Câmara por 3 mandatos – 1997 a 2001 e de 2009 a 2010-, chamou Vianna de “amigo”. “Prestou relevantes serviços a mim, ao Congresso Nacional e ao Brasil. 

DO TL 

A morte de Mozart também foi lamentada por vários jornalistas, que fizeram questão de destacar sua generosidade e respeito a todos que precisavam de qualquer informação sobre o funcionamento da Câmara Federal.

Um exemplo raro e inspirador de profissional e ser humano.

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