26 de abril de 2024
CULTURA

NOVO COMEÇO

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As cenas dos portões das masmorras sendo abertos para a saída do líder popular não despertaram sentimento algum.

De regozijo nem de revolta.

Nem mesmo a curiosidade para saber quem era a nova namoradinha do Brasil, foi despertada.

Os tumultos nas ruas de países próximos, augúrios do que poderemos ser, pareciam ocorrer em lugares tão distantes quanto Paris, Beirute ou Hong Kong.

Pouco importava se o dólar subia, a bolsa caía e o time seguia líder.

Apenas tantos flashes nas telas penduradas em todas as paredes.

A notícia mais esperada estava fora da grande mídia.

Repercussão restrita às redes sociais familiares. E aos grupos de orações.

Transmitida só à boca pequena.

Rumores confirmados.

A distensão, fato facilmente comprovado, estava sendo  gradual e nem um pouco lenta.

As pesquisas mostravam o perigo dos inimigos invisíveis avançando enquanto as defesas eram acionadas no limite máximo.

As imagens foram conclusivas e não deixavam dúvidas. Calaram mil palavras.

Evidente que a paralisação era total.

Sem alternativas, fim das negociações.

Intervenção já.

Mesmo que o preço venha a ser mais sangue derramado.

Esculápios acionados, assumiram o teatro das operações.

Com a conhecida, esperada e rígida eficiência da formação militar.

A mobilização das tropas foi rápida e o procedimento, cirúrgico.

Vencido o desafio inicial, seguiu-se período de vigilância, recolhimento e introspecção.

Quinze dias ausente deste Território Livre, agora é tempo de recomeçar.

E agradecer.

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