OUTRO CICLO
Em poucos dias, este Território Livre estará completando um ano de hospedagem na Tribuna do Norte.
A reclusão compulsória na pandemia trouxe a ideia de republicar os textículos anteriores, no vôo solo do blog.
Sempre os de um ano atrás.
Hoje, fecha-se o ciclo com o primeiro publicado no site do jornal.
Uma quase apresentação em dois tempos.
Motivo também para renovação do compromisso de continuarmos juntos nestes encontros diários.
(Publicação original em 05/11/2019)
NUNCA COMO ANTES
No caminho de volta, lembranças esmaecidas na memória cansada e uma alergia congênita a papéis empoeirados, dificultam reviver com exatidão o que levou ao imprevisível reencontro de agora.
Flashback do intercâmbio no único país onde era permitido e podia ser feito.
Calça Lee, T-shit, mocassin de índio Sioux, cabelos longos, ideias muitas e amor aos Beatles, aos Rolling Stones, a Joan Baez, a James Taylor e a Caetano Veloso.
Tanta estória pra contar.
Do irmão, jornalista muito bem estabelecido no Diário de Ntal, uma última chance ao futuro médico, estimulava a improvável e já vetada (pelos pais) vocação, com o convite para reportagens no jornal concorrente.
Sem copydesk, com algumas fotos e meia página no domingão.
A série quase encerrada precocemente, na estreia, pelo ‘s’ a mais no título em caixa alta: Redwood Falls, cidade pequena porém deScente.
A timidez do memoralista adolescente não permitia qualquer convívio com o serpentário da redação e forçava as entregas das matérias sempre bem antes das deadlines, em horários de pouco movimento.
Assunto esgotado em seis semanas. E mais uma tentação.
Espelhado no JB, o novo caderno N da Tribuna do Norte procurou pouco e achou logo quem escrevesse para o público jovem.
Pra começar, matéria com fotos (no Beco da Quarentena), caras e bocas do conjunto queridinho do jet set prafrentex. Os The Functus.
A proximidade do vestibular encerrou a aventura jornalística.
Milhas e milhas depois, de novo a dois passos do nirvana.
Postada há oito meses em um dos primeiros textículos neste Território Livre, a profissão de fé merece repeteco
NÃO BASTA SER TIO
Desde 1900 e vôts, não há melhor estratégia para o sucesso dos negócios do que espalhar pr’os quatro cantos que o estabelecimento funciona há muito tempo.
Verdadeiras castas.
Famílias inteiras de dentistas, juízes, arquitetos, músicos, advogados, engenheiros, marceneiros, médicos, artistas e por aí vai.
E vão muitas outras.
Agora, Laurita, ela mesma filha de peixe, convida para colaborar com o seu Território Livre, o tio meio desocupado.
Para fazer coisas que qualquer tio desocupado pode fazer.
Antes que falem, vou logo premiar a delação e revelar a cláusula única do nosso contrato de trabalho: demissão “ad nutum”.
Espero assim ficar livre dos patrulheiros e lacradores.
Nada de nepotismo por aqui.
Isso é coisa de políticos.
Aquele bando de fdp.