26 de abril de 2024
Política

PACTO CABOCLO

 

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Mais um mistério a ser debitado na conta da pandemia. Na rubrica, milagres eleitorais.

A curta campanha política já atingiu o platô e a governadora Fátima Bezerra ainda não sacodiu a bandeira vermelha, não areou o broche da estrela nem entrou na contradança.

Estratégia que pode ser explicada pela ameaça da chegada da segunda onda pandêmica, dando sinais na Europa que pode cruzar o Atlântico.

Se bem que desta vez, isolados e ilhados dos vôos internacionais, o risco seja  menor.

Quando do aparecimento dos primeiros casos, houve sua pronta obediência às normas e determinações do comitê científico e pertencente ao grupo de risco, o mergulho sanitário foi observado.

Somente com o sucesso das ações da prefeitura com a dupla hotel de campanha & ivermectina, as aparições e o contrapeso nas lives do fique em casa.

Paradoxo à parte, as fugidas do home office foram ficando mais raras à medidas que as definições das chapas pelos partidos ocorriam.

É muito provável que a chefa do executivo não participe das manifestações políticas no interior onde ocorrem as maiores transgressões às restrições impostas pelos decretos que publicou.

Na capital, onde teve menos votos de quem derrotou nas urnas, sua estratégia merece reflexões e análises.

Sem nenhuma oposição e com a imprensa, falada, escrita, televisada e blogueada, de neutra a simpática, passa momentos tranquilos, daí sua indecisão de calçar as chuteiras e ir pro aquecimento.

Vai que a calmaria continue e o semeador de ventos não decole seu ônibus grátis. Pega mal para a madrinha.

Nesta corrida rasa, se não tem mais espaço para chegar ao podium, pelo menos, dá  para esclarecer temas que surgem entre os competidores.

Pra acabar com o mimimi,  já é tempo de botar  moral e mostrar quais as atribuições da guarda municipal e que as prisões, salvo mudança constitucional, são obrigações das polícias. Sob seu superior comando.

Ou para, exatamente como gosta de fazer, opinar sobre o uso das algemas. Quando e como poderão ser utilizadas.

Ao próprio correligionário, mostrar como se consegue a convivência pacífica e urbana com a combativa classe dos professores que não recebe o piso salarial e não grita palavras de ordem, Fundeb à parte.

Circula em grupos muito restritos. nas redes sociais, um levantamento baseado em pesquisas qualitativas, trazendo resultados surpreendentes.

Ao contrário do que se possa pensar, a liderança do prefeito é explicada por apoio  invisível, improvável e inaparente.

Fixou-se no consciente coletivo a imagem da visita que fez ao refúgio no lockdown da mandatária de origem popular, no registro fotográfico do encontro.

A cena que viralizou após retocada com alguns badulaques, permanece viva e cheia de simbologia.

A simpatia já havia sido notada em pas de deux nos bate-coxas dos forrós de junho.

Aquela mesa branca, ninguém esqueceu.

Ali, ou foi selado um pacto eleitoral secreto ou o trabalho encomendado pelo coronel-alcaide  teve muita reza forte e resultados duradouros.

Nada vai atingir as sete forças do credo.

Kaô kabecilê.

Salve a grande cabocla!

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One thought on “PACTO CABOCLO

  • Geraldo Batista de Araújo

    Bom como sempre. Estou repetindo para o site dizer que eu já disse isto. A nossa Carta Magna não proíbe ninguém repetir o que desejar. Ora bolas!!!

    Resposta

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