26 de abril de 2024
HistóriaPolítica

REPARTIDOS POLÍTICOS

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É quase impossível para o eleitor lembrar em que partidos votou nas últimas  eleições.

Nos da próxima, logo serão esquecidos, tão rápidas são as mudanças com muitas janelas e grana dos fundos partidários.

São tantas as siglas e ainda mais com a moda de mudarem de nome, a confusão é inevitável.

No tempo que não passavam de meia dúzia, os dois principais antagonistas, UDN e PSD não divergiam nos métodos.

Mas não se misturavam.


(Publicação original em 27/09/2019


SAUDAÇÕES PESSEDISTAS

Transcorridos 23 anos de sua morte, as estórias de Lauro Arruda continuam lembradas no universo familiar e no mundo dos políticos.

Os mestres do anedotário já contaram algumas das suas aventuras. Há sempre  o risco de repetir uma ou outra.

A bênção, Dr. Valério Mesquita.

Com sua licença, Profº Lauro Bezerra.

Saravá, Machadinho.

A mais divulgada é a da visita do todo-poderoso (e temido) Marechal Castelo Branco.

No palácio do governo, próceres, deputados e demais autoridades enfileirados para o beija-mão do presidente golpista.

Na sua vez, a perguntinha quebra-gelo, se o circunspecto cidadão mantinha parentesco com o Monsenhor Arruda Câmara, deputado federal e líder anti-divorcista pernambucano.

A resposta que era  filho do sacerdote” deixou um silêncio no ar e mereceu depois,  broncas e explicações  ao padre-governador:

-Filho espiritual.

Da epopeia carioca do final dos anos 40, em busca da ponte que livrou sua aldeia do isolamento rodoviário, outras informações nas memórias ainda não escritas do filho Leonardo.

Os seis meses no Rio não foram só no Hotel Ambassador, ou talvez no Serrador onde o Deputado Djalma Marinho conseguia dos amigos proprietários, bons descontos para os conterrâneos.

Houve também uma longa passagem pela menos glamurosa Pensão de Dona Rosa Brandão, outro point dos papa-jerimuns nas cercanias da Cinelândia e do poder.

De novo, tempo de eleição.

A demorada temporada na capital do país, a distância da base eleitoral, as teimosias, entre elas, a insistência em mudar o nome do futuro município de Passa e Fica para Presidente Eurico Gaspar Dutra,  fizeram do mais votado deputado estadual, suplente.

Contribuiu também para a escassez de votos, seus maus hábitos eleitoreiros.

Não bebia, não fumava, não conhecia as cartas do baralho e nem sequer dançava com as jovens eleitoras nas quermesses da paróquia.

Mas nunca  perdeu a pose nem o título de deputado.

Na velha política, sempre havia um jeito. E uma licença (remunerada) de algum correligionário.

Alguns anos depois, em outro exílio carioca, em busca dos luminares da Medicina e de tratamento para a filha Laurita, a explosão de entusiasmo pela obra recém iniciada por JK.

Com o colega Olavo Montenegro, a bordo de uma incrível kombi alugada, por estradas em construção, a visita ao imenso canteiro de obras no planalto central, manteve acessa a chama partidária.

E  pessedistas, continuaram.

De pé pelo Brasil, convocando o eleitorado do partido que nunca foi nem será vencido,  a fazer do voto sua arma, seu fuzil.

http://memorialdademocracia.com.br/ajax_audio_extra_item/1230

 Hino do PSD    

 

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