26 de abril de 2024
Familia

UM DIA PARA FALAR (DE NOVO) EM FLORES

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Retrato de Margarita (1971) – Lourdinha Meirelles Motta

Nem tudo são flores, mas elas estão sempre presentes em todos os momentos da vida.

Cada uma, com sua beleza e perfume.

Hoje é o dia especial, de uma flor especial.

Viva a margarida!

Pra não dizer que não falei dela.

O calendário já anunciava sua chegada. Há um mês.

Nestas terras semi-áridas, de poucas chuvas e muito sol, a brisa vai aos poucos virando vento forte e então, por toda parte, sua presença.

Quando os dias vão ficando mais longos que as noites, mais claros e vívidos, cada um mais radiante que o outro.

É primavera.

E anúncio que  um verão, em breve vai chegar.

É tempo de todas as flores.

Das azaleias, camélias, dálias, magnólias, déboras, rosas, gardênias, verônicas, petúnias, violetas.

Das que sempre estiveram por aqui, e das que de longe chegaram.

É tempo das hortênsias.

Nas matas, nos ipês, nos jacarandás, nos angicos, nas rainhas craibeiras.

Por todos os lados; em todo lugar.

Das que parecem mais frágeis, mostrando força ao brotar, rompendo frestas, entre rochas.

No pequeno jardim, a leveza das orquídeas e a resistência das flores do deserto.

Cada uma, para poucos, mostra sua beleza.

Na simplicidade das que se multiplicam, e como símbolo da sensibilidade, juntadas uma à outra, são transformadas em jóias no colo das mulheres

Nos versos de Drummond, ‘enfeite para a ternura escovar a alma com leves fricções de esperança.

Hoje o dia é dela.

Bem-me-quer.

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(Texto publicado pela primeira vez em 22/10/2019)

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Margaridas (1894) William-Adolphe Bouguereau – Coleção particular
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A Pequena Tecelã (1882) William-Adolphe Bouguereau – Museu de Arte Appleton, Wisconsin.

One thought on “UM DIA PARA FALAR (DE NOVO) EM FLORES

  • Geraldo Batista de Araújo

    Não sabia que Edgar Smith havia falecido. Minha geração está chegando ao fim.

    Resposta

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