Vaza- Jato: Obra de ficção ou maior escândalo judicial da humanidade?
Em outros momentos o então juiz da Lava Jato, Sergio Moro defendeu o vazamento de informações judiciais sigilosas quando a providência for motivada por um “propósito útil”.
Ontem, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal tratou a Lava Jato como ex-juiz preconizava.
Por 4 votos a 1, o colegiado confirmou a liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que repassara a Lula a íntegra das mensagens trocadas no escurinho do celular entre Moro e procuradores da força-tarefa de Curitiba.
Um dos votos mais contundentes foi do Ministro Gilmar Mendes que aproveitou para fazer críticas à atuação da Lava-Jato.
Ele leu trechos das mensagens trocadas entre o procurador da República Dallagnol e Moro, e afirmou:
Até mesmo a ministra Cármen Lúcia, considerada uma defensora do trabalho da força-tarefa do STF, entrou no coro das críticas — o que pode dar um panorama da situação do ex-juiz no STF. Entre tantas corajosas e célebres frase do Ministro Gilmar Mendes, a comparação:“Agora já não é o julgamento de um caso. Nós fomos cúmplices. Tortura feita por esta gente bonita de Curitiba. Os fatos são tão graves que estão repercutindo mundo afora”.
Ou os hackers de Araraquara são notáveis ficcionistas, os novos Gabriel García Marquez, e merecem o prêmio Nobel de Literatura, ou este é o maior escândalo judicial da humanidade”.Até agora, os envolvidos no vazamento não reconhecem os diálogos comprometedores entre os membros do Ministério Público com o então magistrado. E trabalham pelo não reconhecimento das provas obtidas de forma ilegal.