26 de abril de 2024
Meio Ambiente

Vazamento de óleo no litoral completa 800 dias sem conseguir ouvir investigados

unnamed-1Do Metropoles

800 dias após o maior vazamento de óleo do país, a investigação do governo federal está travada e ainda não conseguiu quebrar sigilos, colher depoimentos ou receber informações internacionais.

A informação foi enviada pelo Ministério da Defesa à Câmara dos Deputados na última sexta-feira (5/11).

O derramamento foi notado no litoral da Paraíba em 30 de agosto de 2019 e se espalhou para mais dez estados. Pelo menos 5 mil toneladas de petróleo foram recolhidas.

Segundo o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, a Polícia Federal (PF) ainda não colheu depoimentos dos tripulantes dos três navios suspeitos.

Também não conseguiu quebrar o sigilo de redes sociais dos tripulantes do navio Boubolina, um dos suspeitos, inclusive o comandante e o chefe de máquinas.

Em agosto de 2020, um ano depois do início do derramamento, a Marinha enviou à PF e ao Ministério Público Federal um inquérito administrativo. Essa apuração militar não indicou culpados ou a origem do desastre ambiental.

Os três principais navios suspeitos apontados pela Marinha seguem os mesmos: Boubolina, VL Nichioh (que mudou o nome para City of Tokyo), e Amore Mio (que mudou o nome para Godam).

A Marinha aguarda há quase dois anos por uma resposta de autoridades marítimas estrangeiras.

Em dezembro de 2019, a Força solicitou informações por cartas a autoridades das Ilhas Marshall, na Oceania, e da Libéria, na África. Em setembro do ano passado, novas cartas foram enviadas, mas novamente sem resultados.

As explicações de Braga Netto atenderam a um pedido de informações do deputado João Daniel, do PT de Sergipe. DO TL 

No feriado de 7 de setembro de 2019, o Rio Grande do Norte registrava a chegada de manchas de óleo ao seu litoral, em um caso que se transformou no maior desastre de vazamento de óleo no país.

Pelo menos 43 localidades, distribuídas em 14 municípios da costa potiguar, foram afetadas.

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