Vice-presidente General Mourão ri de gravações sobre tortura na Ditadura Militar
Vieram à tona graças a uma requisição judicial feita pelo advogado Fernando Augusto Fernandes em 2006 gravações do período de 1975 a 1985 —dez dos 21 anos de ditadura militar no Brasil.
Hoje a imprensa detalha com a pesquisa do historiador Carlos Fico em 2017, que Por uma trapaça da sorte, decidiu ceder trechos de julgamentos em que a Corte militar analisou casos de tortura à jornalista Míriam Leitão, uma torturada que a família Bolsonaro faz piada e até questiona a veracidade pelas redes sociais.
Na verdade, o material só reforça algo que já restou fartamente demonstrado: a tortura foi uma política de Estado durante a ditadura.
Os torturadores cumpriam determinações de seus superiores. Em 2013, arrastado a contragosto para um depoimento na Comissão da Verdade, o coronel Carlos Brilhante Ustra disse o seguinte: “Quem deveria estar aqui é o Exército brasileiro, não eu”.
VICE-PRESIDENTE ACHA GRAÇA DE PÁGINA INFELIZ DA NOSSA HISTÓRIA
O vice-presidente Hamilton Mourão reagiu com ironia à cobrança de posição sobre os áudios do Superior Tribunal Militar.
“Vai trazer os caras do túmulo de volta?”, disse, rindo aos jornalistas.
Segundo a jornalista Míriam Leitão, “mostra mais uma vez o motivo desses áudios serem tão importantes. As autoridades desse governo ou negam ou debocham de coisa séria, que é a reconstituição de um período doloroso da nossa história.
Que tipo de gente é esse, meu Deus…