6 de maio de 2024
Coronavírus

A volta da Cloroquina em grande estilo

O  estudo foi publicado na  conceituada Revista Europeia de Epidemiologia, um periódico científico de alto impacto.

Entre os cinco autores, dois são da Universidade de Harvard, uma das mais bem conceituadas do mundo. Um deles é o cientista Xavier Garcia de Alberniz, líder do estudo e pesquisador associado do Departamento de Epidemiologia da Universidade. Outro é o Dr.Miguel de Herman, membro do corpo docente em epidemiologia e bioestatística da Harvard-MIT Division of Health Sciences & Technology, além de ser diretor do CAUSALab, uma entidade de Harvard que visa orientar políticas públicas.

A revisão sistemática e meta-análise, um estudo que analisa estudos anteriores já publicados, incluiu apenas pesquisas médicas randomizadas e controladas, o conhecido “padrão ouro” das pesquisas com medicamentos.

“Pessoas designadas para o uso de hidroxicloroquina tiveram 28% menos risco de Covid-19”, afirmou Hernan.

No estudo, os pesquisadores deram um puxão de orelha na comunidade científica internacional:

“Os resultados ‘não estatisticamente significativos’ dos primeiros ensaios de profilaxia foram amplamente interpretados como prova definitiva da falta de eficácia da Hidroxicloroquina. Esta interpretação perturbou a conclusão  dos restantes ensaios”.

Eles falavam dos estudos isolados que foram positivos para a Hidroxicloroquina, mas que por serem pequenos, não tiveram poder estatístico para atestar a eficácia, algo parecido como um “tecnicamente empatado” das pesquisas eleitorais.

“A Hidroxicloroquina  foi considerada pela comunidade médica como ineficaz para a profilaxia da COVID-19. A emergência desse consenso foi surpreendente porque os ensaios encontraram um risco mais baixo de COVID-19 no grupo Hidroxicloroquina , embora fossem demasiado pequenos para descartar seus benefícios ou danos”.

Os autores explicaram que devido ao consenso criado erroneamente, afirmando insistentemente a ineficácia da Hidroxicloroquina, além de um exagero da mídia em relação a efeitos colaterais, gerou uma falta de estudos, porque faltaram voluntários.

Fonte: European Journal of Epidemiology, agosto de 2022

 

One thought on “A volta da Cloroquina em grande estilo

  • Nelson Mattos Filho

    Eh, doutor, as coisas são como são.

    Resposta

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