9 de maio de 2024
Imprensa Nacional

Arrependimento de Fábio Faria agrada o Judiciário, mas gera ruídos na bolha bolsonarista

Sem dúvida não foi uma atitude fácil o recuo/arrependimento do ministro Fábio Faria (Comunicação) na última semana para as eleições do segundo turno.

Ele ouviu o bom senso e também os homens que vestem toga.

Reconheceu o erro, deu declarações aos principais jornalistas e portais do país, mas , claro, não conseguiu agradar a todos.

A bolha Bolsonarista não gostou nada da novidade. É o que está estampado nos maiores jornais do Brasil neste sábado.

Segundo o Estadão,  aliados descrevem, sob reserva, que o ministro ‘ficou com medo do Xandão’, em alusão a Alexandre de Moraes, e houve quem temesse que ele acabasse tendo a prisão decretada.

Além de Moraes, ministros do STF, como Gilmar Mendes e Dias Toffoli, procuraram Faria para uma reprimenda, alegando que ele falou em fraude eleitoral quando o problema foi de comunicação do PL com as rádios.

A declaração era ainda mais grave por partir de um ministro de Estado e por ter alimentado teses pelo adiamento do pleito. Para esfriar os ânimos, Faria deu o passo atrás.

Na tarde desta sexta, parlamentares especulavam que Faria poderia acabar demitido por Bolsonaro, numa tentativa do presidente de estancar mais uma crise na campanha a tão pouco tempo da eleição. No núcleo do governo, porém, a saída dele foi afastada.

Faria não avisou a campanha de Bolsonaro que faria o recuo, mas ministros do Supremo estavam cientes de que haveria um sinal de arrependimento.

Ele próprio teria avisado Moraes da decisão. Ainda assim, seus aliados não descartam que, mesmo após a eleição, Moraes possa tentar puni-lo.

Na campanha, a leitura é a de que Faria tentou criar uma cortina de fumaça para despistar o caso Roberto Jefferson. A ideia era vender Bolsonaro como “o candidato que o sistema não quer”.

Não deu certo e, de importante articulador, Faria fechou a semana em baixa.

DO TL

Nem tão em baixa assim.

O ministro potiguar foi um dos principais auxiliares acompanhando o presidente Jair Bolsonaro no debate da Globo e quando o presidente foi perguntado sobre o arrependimento do auxiliar, discordou de forma respeitosa.

 

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