CARTA REENVIADA
A Associação Brasileira de Imprensa divulgou nota oficial que pode ser resumida apenas pelo preâmbulo, direto como um soco abaixo da linha da cintura.
Renuncie, Presidente!
Há um ano, em 20/06/2020, nesta pequena gleba de Território Livre, quando já era evidente que o enfrentamento da pandemia pedia um líder com outro perfil, um mesmo conselho foi dado.
A CARTA
Meu capitão,
Saudações.
Escrevo esta carta, não repare os senões.
Para dizer o que sinto.
Longe de ti.
Do poder e de qualquer outro interesse que não o melhor para nosso país tão sofrido.
Amargurando na saudade, as horas vividas que foram bem diferentes do que se esperava e podia ter sido, não apagaria das nossas almas a cruel paixão.
Nem a gratidão pela sua coragem de enfrentar um sistema que parecia imbatível.
Espero que um dia, tudo explicado, tua participação na História seja registrada com justiça.
E a quem te ama não seja negado o direito de ser amado. A família acima de tudo. Menos nas honras à pátria. Quanto a Deus, não invoquemos, em vão, seu nome. Ele nos vê.
A política é atividade apaixonante, repleta de traições, incompreensões, acertos, erros, escolhas e decisões.
Estudo, preparo, treino, tarimba, equilíbrio, calma. Ter o timing. Controlar o tom da voz, saber a hora de entrar e sair da cena. De bater na mesa e até de soltar palavrão. (Melhor, sem testemunhas).
São os requisitos para quando o ato acabar, venham os aplausos.
Quem participa do jogo precisa entender como deve ser jogado.
Não é solitário. É trabalho de equipe. Escalar o time e escolher quem deva ser substituído é tática que leva ao sucesso e à vitória.
A lista de tudo que vale, se espera e pode ser feito, é trabalho de muitas mãos, definido depois de discussões, brigas e entendimentos.
Sempre há de se chegar a uma maneira de continuar indo em frente, buscando o melhor para todos. O objetivo final.
Se alguém tem uma ideia e acha que é melhor e ajuda, muda-se. O que a maioria decide, todos aceitam.
Dúvidas, desentendimentos e impasses sempre ocorrerão.
Quem decide com quem está a razão e o direito são os guardiões da Lei. Entre eles, uns poucos, anciãos, os mais sábios e respeitados, dão a palavra final.
Isso tudo só funciona se todos concordarem com um princípio tão simples que nem era preciso, aqui, lembrar.
Todos são iguais.
Qualquer um que tenha se desviado e cometido algum malfeito, deverá responder pelos seus atos.
O mandatário maior pode manter amizades e simpatias.
Mas não deve permitir que elas sejam usadas para privilégios e desvios.
Não esqueça do que já aconteceu com tantos outros que já sentaram nessa cadeira.
Desculpe entrar em assunto da intimidade, mas é a melhor comparação.
Quando um casamento não dá mais certo, a relação azedou de vez, não tem jeito, o melhor a fazer é seguir o conselho de quem viveu tantas estórias de amor, ódio e desilusões.
Vá por Waldick Soriano.
Renunciar, seria a solução.
Infelizmente o Capitão não gosta de ler.
Infelizmente a imprensa perdeu credibilidade. Não engana mais ninguém. O presidente foi até educado. Quando o outro cheio de cachaça fazia gracinha com gays, lésbicas, essa mesma imprensa, hoje, partidária, não soltava uma nota. A imprensa e o STF, pensam, ainda, que são estrelas. Perderam.